Comércio on-line tem a pior Black Friday em 3 anos

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É o que indica a comparação do faturamento nos três principais dias de promoção, de quinta a sábado, entre 2020 e 2021

O faturamento bruto do e-commerce na Black Friday, na última sexta-feira (25/11), foi 23% inferior em comparação com o mesmo dia do ano passado. O dado faz parte de um levantamento feito pela NielsenIQ|Ebit e pela Bexs Pay, empresa de pagamentos digitais.

A categoria de eletrônicos, que inclui celulares e telefones sem fio, por exemplo, foi a que apresentou a maior queda de vendas brutas. O recuo foi de 26,7%. A seguir, vieram alimentos e bebidas, com baixa de 22,1%, e casa e decoração, com declínio de 10,5%.

Em relação aos 25 dias de novembro, a redução do faturamento bruto foi bem menor, atingindo somente 1% em relação ao mesmo período de 2021. Ainda assim, houve avanços em diversos setores.

O resultado bruto das vendas de games aumentou 27,8%, se considerado o período estendido de 25 dias do mês. No caso de alimentos e bebidas, o incremento foi de 13,8%. Os eletrônicos também avançaram, registrando taxa positiva de 9,5%.

Pior dos últimos três anos

O faturamento do comércio on-line nesta Black Friday foi o pior registrado nos últimos três anos. Isso mesmo que considerada a soma das vendas nos principais dias da promoção, entre quinta e sábado, no período entre 2020 a 2022. É isso o que aponta um levantamento da Neotrust, empresa que monitora vendas no e-commerce, feito em parceria com a ClearSale, especializada em inteligência de dados.

Até as 18 horas da última quinta-feira (25/11), por exemplo, as vendas on-line totalizaram R$ 580 milhões em 2022. Em 2021, o valor alcançado no mesmo dia, a quinta, foi de R$ 769 milhões. Em 2020, porém, ficou em R$ 733 milhões.

Ainda na comparação entre os últimos três anos da Black Friday, a maior queda no volume de vendas ocorreu na sexta-feira, o principal dia da promoção, entre 2021 e 2022. Nesse caso, as vendas encolheram 28%.

De acordo com o balanço, na última sexta-feira (26/11), os itens de maior faturamento foram, pela ordem, os eletrodomésticos, seguidos pelos aparelhos de telefonia (celulares, em geral), além de eletrônicos, itens de informática e, por fim, moda e acessórios. O valor médio das transações ficou em R$ 657,27, uma redução de 8,29% em comparação com 2021.

Os meios de pagamento mais utilizados na sexta foram os cartões de crédito (47,90%), seguidos pelo bloco formado por e-wallet, cashback e débito (26,82%). O PIX ficou com uma fatia de 15,58% e os boletos, com 9,7%.