Comer batata frita aumenta o risco de desenvolver depressão e ansiedade

2015-04-10_190211

Consumo de alimentos gordurosos está associado à deterioração da saúde mental, sugere estudo

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Zhejiang, na China, mostrou que o consumo frequente de frituras, em especial de batatas fritas, está associado a risco 7% maior de desenvolver depressão e de 12% no desenvolvimento de ansiedade.

Para a constatação, os pesquisadores analisaram 140.728 pessoas acima dos 11 anos, excluindo os participantes diagnosticados com depressão nos primeiros dois anos do estudo.

A partir daí, os estudiosos puderam observar um total de 8.294 casos de ansiedade e 12.735 casos de depressão entre aqueles que consumiam frituras.

Eles conseguiram, ainda, perceber que as pessoas que consumiam batatas fritas tinham um risco de desenvolver depressão 2% maior quando comparadas àquelas que ingeriam carnes brancas fritas.

Segundo os pesquisadores, homens jovens que tinham esse tipo de alimentação eram mais propensos ao desenvolvimento de tais problemas de saúde mental.

O vilão, de acordo com os achados, é a acrilamida, substância contaminante que é gerada no processo de fritura dos alimentos e que aumenta o risco de ansiedade e depressão.

Para confirmar os efeitos da substância, os estudiosos submeteram peixes-zebra à acrilamida — dado o conhecimento prévio de que eles eram vulneráveis ao seu efeito tóxico.

Com a submissão, os peixes passaram a viver em zonas mais escuras dos tanques e a nadar mais distantes de outros da mesma espécie, o que atesta os altos níveis de ansiedade que eles passaram a enfrentar.

Os autores explicam que a exposição crônica à acrilamida induz à inflamação de neurônios e desregula determinados metabolismos cerebrais que desempenham papel importante na modulação de comportamentos ansiosos e depressivos.

Assim, eles esperam que sejam desvendadas as associações da acrilamida quanto à saúde mental e alertam para a redução do consumo de alimentos fritos.