Com recorde 93% de inscrições voluntárias, TSE teme inscrição ‘combinada’ de mesários bolsonaristas

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Os 121 grupos formados por apoiadores de Bolsonaro (PL) são mapeados pelo Media Studies, da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) avalia que grupos de bolsonaristas possam ter combinado para se voluntariarem como mesários na próxima eleição, marcada para o domingo que vem (2).

Este ano, houve recorde de inscrições, passando de 430 mil em 2018 para 830 mil, aumento de 93%. Ao todo, 2 milhões de pessoas trabalharão nas eleições, sendo que 48% são voluntários.

Embora todos os mesários passem por treinamento e sejam repassadas a eles todas as regras sobre o dia do voto, há um receio dos técnicos do TSE de que algumas delas não sejam respeitadas por mesários bolsonaristas, a exemplo da obrigação de o eleitor entregar o celular no momento em que estiver votando.

A decisão foi anunciada no dia 25 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Ele também determinou que o eleitor será impedido de acessar a urna caso desrespeite a regra. A medida visa garantir o sigilo do voto e evitar fotos ou gravações da urna eletrônica.

Menção ao termo cresce no Telegram

Grupos de bolsonaristas têm feito mais referências ao termo “mesários” em conversas no aplicativo Telegram.

Enquanto em janeiro a palavra foi mencionada apenas 2 vezes, em agosto apareceu 163. Antes, só havia números acima dos dois dígitos em abril e maio, mês em que foi encerrada a inscrição voluntária de mesários.

Bolsonaristas fizeram um movimento em favor da inscrição de mesários, porém a ação não ganhou força na rede pró-presidente da República.

Os 121 grupos formados por apoiadores de Bolsonaro (PL) são mapeados pelo Media Studies, da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.

“Gente, o mais importante é votar. Ele [Moraes] quer aumentar a abstinência de votos e criar condições para o tumulto. Deixem os celulares em casa ou, então, levem, usem o título digital e deixe a porr* do celular com o mesário”, escreve um dos bolsonaristas preocupados com a medida.