Ciclone pode virar furacão na costa leste do RS

2015-04-10_190211

Há classificação de furacão quando os ventos ultrapassam os 120 quilômetros por hora, além de outros fatores.

A previsão é de chuva forte e rajadas de vento acima disso na costa gaúcha. O alerta vale também para cidades da região metropolitana  que podem ter ventos de 100 quilômetros por hora, com danos em prédios, vegetação e postes de energia.  

Na coletiva desta segunda-feira, a coordenadora-geral de Meteorologia do Inmet, Márcia Seabra, disse que “a gente já fazia previsão de ventos fortes quando a Marinha emitiu nota classificando o ciclone na categoria superior, que é uma tempestade subtropical”.

O diretor do Inmet, Miguel Ivan, lembrou que, quando a Marinha nomeia um ciclone, isso significa que a tempestade tem relevância e pode ter impacto na vida das pessoas. “Ele pode subir na costa do Rio Grande do Sul, entre Santa Catarina, Paraná e até o sul de São Paulo. Começa nesta noite. No Rio Grande do Sul fica mais intenso na terça-feira e depois se desloca”, ressalta.

Ivan explica que tecnicamente há a classificação de furacão quando os ventos ultrapassam os 120 quilômetros por hora, além de outros fatores. O ciclone pode apenas ficar em alto-mar, causando menos prejuízos, “mas somente análises futuras vão definir precisamente o impacto”. O diretor ainda confirmou que, caso o ciclone se prolongue, “pode ser algo parecido com 2004”, fazendo referência ao furacão Catarina, que atingiu ventos de 180 quilômetros por hora.

O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, deu orientações gerais para a população, como a busca por alertas da Defesa Civil. “No caso de ventos de 100 km/h, precisamos primeiro orientar a população para que busque informações nos sistemas de Defesa Civil. Àqueles que estão em área de risco, pedimos que cadastrem os celulares enviando um SMS para o número 40199 com o CEP da região onde moram. A partir daí, começam a receber alertas pelo celular”, informou.

Segundo Braun, ventos como os estimados para o litoral e faixa leste do Rio Grande do Sul podem causar “destelhamento, queda de pequenas árvores, queda de postes e, com isso, interrupção de energia elétrica”. “Por isso é importante que a população evite sair de casa com a chegada desses ventos”, reforça.