Cesta básica muda: nenhum alimento ultraprocessado e mais in natura

2015-04-10_190211

Foi publicada esta semana a portaria que detalha quais alimentos fazem parte da nova cesta básica. Agora, a cesta básica oficial tem mais comida in natura e nenhum ultraprocessado

 

O Governo Federal divulgou nesta quinta-feira (07/03), os itens que farão parte da cesta básica a partir deste ano. A nova composição, composta por dez grupos de alimentos, prioriza comidas in natura, minimamente processados, e retira os itens ultraprocessados. A relação de produtos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Conheça os alimentos que compõem a nova cesta básica:
-Feijões (feijão de todas as cores, ervilha, grão-de-bico, lentilha, fava, orelha-de-padre e guandu);

-Cereais (arroz, milho, grãos de trigo, aveia, farinhas de milho, de trigo e de outros cereais e macarrão);

-Raízes e tubérculos (ariá, batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa, cará, inhame e mandioca); legumes e verduras; frutas;

-Castanhas e nozes (amendoim, castanha-de-caju, castanha de baru, castanha-do-brasil, castanha-de-cutia, castanha-de-galinha, chichá, licuri, macaúba e outras oleaginosas sem sal ou açúcar;

-Carnes e ovos (carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves, pescados e outras carnes in natura ou minimamente processados de hábito local, frescos, resfriados ou congelados, ovos de aves e sardinha e atum enlatados);

-Leites e queijos (leite fluido pasteurizado ou ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado, iogurte natural sem adição de açúcar, edulcorante ou aditivos que modificam as características sensoriais do produto, queijos feitos de leite e sal e microorganismos usados para fermentar o leite).

Também fazem parte os açúcares (açúcar de mesa branco, demerara ou mascavo e mel), sal, óleos e gorduras (óleos de soja, de girassol, de milho, de dendê, dentre óleos vegetais, azeite de oliva, manteiga e banha de porco); café, chá, mate e especiarias.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o documento foi elaborado com base no Guia Alimentar da População Brasileira e aponta diretrizes para a formulação de políticas públicas, abordando temas como a quantidade e a qualidade dos alimentos.

“A expectativa é que, a partir das diretrizes da nova cesta básica, elaborada para a promoção de uma alimentação saudável, nós tenhamos um guia orientador para as políticas de segurança alimentar, sejam de produção, de distribuição, de acesso, de consumo de alimentos”, afirmou Lilian Rahal, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.

Ao retirar da cesta básica os produtos ultraprocessados, o Governo visa diminuir a incidência de doenças cardiovasculares, como arritmia, pressão alta e parada cardíaca, por exemplo, além de diabetes, obesidade e diversos tipos de câncer. Outros objetivos da iniciativa, proposta pelo MDS, são estimular a produção de pequenos agricultores e aumentar sua renda, já que o decreto prioriza criar hábitos mais saudáveis na população e preservar o meio ambiente.

“A gente tem, dentro desse fenômeno da insegurança alimentar, por um lado a fome, mas por outro o excesso de peso. Então, nós não podemos nos preocupar apenas em fornecer alimentos, mas temos que ter a preocupação de que sejam alimentos adequados e saudáveis, de forma que nós possamos reduzir também as doenças decorrentes da má alimentação”, afirmou a secretária do MDS.