Cenário político e as ações do Supremo

2015-04-10_190211

Atualmente falar de política no Brasil é com tocar num vespeiro. E isso se dá pelo simples fato do sistema ainda está em colapso pelo resultado das últimas eleições presidenciais. Sim, a animosidade de alguns vai muito além da simples polarização. A qual contribui, todavia, o fato inconteste é que as décadas dos governos passados construíram um edifício inescrupuloso, o qual resiste em ser demolido.
Não há governo feito por homens que seja perfeito, todavia, tirando os óculos das ideologias partidárias, é preciso reconhecer que o governo de Bolsonaro já entrou para história como o melhor governo que já tivemos.
Os números demonstram esse resultado. Tivemos desenvolvimento em todos os setores do país, o que gerou crescimento econômico. Chegando a históricos 5.3% de crescimento no setor, apontado para aumento da confiança na produção e na prestação de serviços no país.
Mesmo assim o que temos é a política sempre nas primeiras páginas dos noticiários. A corda parece que está cada vez mais rígida entre o STF e a Presidência da República. Pois em inquérito inconstitucional da corte, Alexandre de Morais resolveu indiciar até mesmo o próprio Presidente da República, o qual se não tivesse todo o apoio popular que possui, certamente já teria sido afastado.
A polarização toma a cada dia contornos mais dramáticos. A população brasileira vai há milhares ás ruas declarando seu apoio ao presidente da república e pedindo o impeachment de Ministros do Supremo, numa demonstração de força. Porém, o que vimos essa semana foi o aceno negativo de Rodrigo Pacheco – presidente do Senado, o qual seria o competente pra pautar o afastamento de um ministro do STF.
Os ânimos parecem está cada vez mais aflorados e isso porque não existe bom senso da parte dos togados, os quais insistem em demonstrar força usando o aparelho estatal contra o anseio popular que apoia Bolsonaro.
Na última sexta feira – 13 o Ministro Alexandre de Morais em mais de seus arroubos de autoritarismo, mandou prender Roberto Jeferson, ex deputado federal e presidente do partido nacional do PTB. A decisão do ministro é mais uma que compõe o inquérito da milícias digitais.
Como já disse em outras colunas, acredito que nunca houve uma qualidade de ministros do supremo tão despreparados como se vê hoje. É primário o entendimento que o um juiz não pode investigar, acusar e julgar um processo. O dono da ação penal é o Ministério público. Além disso, temos vários atropelos ao processo penal no que tange o direito ao contraditório e a ampla defesa. Isso é o mínimo que poderíamos esperar de um advogado que se tornou ministro, advogando pra alguns integrantes do Primeiro Comando da Capital – PCC. Isso mesmo! Essa é a qualidade daqueles que mandam prender e soltar em nosso país.
O próprio Ministro Celso de Melo, o qual mandou soltar desafetos da sociedade à revelia popular, chamou as ações do colega Alexandre de Morais como as de um xerife. Numa sátira à um período sem lei ou ordem jurídica.
Sempre digo e não canso de repetir: as diferenças ideológicas são salutares e devem ser respeitadas num ambiente democrático, todavia, é necessário respeitar a ordem posta. O que temos visto, porém, é um supremo que milita a favor dos seus ideais políticos sem pensar no povo e muito menos na legalidade e constitucionalidade de seus atos.