O prazo das renegociações iria até o mês de agosto, mas, em razão da baixa adesão, a Caixa prorrogou a adesão ao programa até dezembro
Foi anunciada pela Caixa Econômica Federal no final do mês de maio, a criação de um programa de renegociação de crédito com o objetivo de reinserir no mercado pessoas que estão inadimplentes a mais de 360 dias.
Na época, o Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou que seriam concedidos descontos de no mínimo 40% e que poderiam chegar até a 90% em renegociações com clientes inadimplentes. A expectativa era que a renegociação alcançasse quase 3 milhões de clientes — 2,629 milhões de pessoas físicas e 319.960 pessoas jurídicas.
Entretanto, a adesão ao programa de renegociação da Caixa Federal foi abaixo do esperado, o que levou o Banco a prorrogar o prazo até o mês de dezembro. Inicialmente era de apenas 90 dias, e terminaria no final do mês de agosto.
Para Guimarães, a estimativa feita é que R$ 1 bilhão voltasse aos cofres da Caixa, pagos por cerca de 300 mil pequenas e médias empresas, além de 2,8 milhões de pessoas físicas com dívidas de até R$ 2.000.
Entretanto, se todos pagassem os cofres do banco poderiam reaver cerca de R$ 4 bilhões. Mas, até 31 de julho, quase no final do prazo inicial, só havia sido recuperado R$ 300,3 milhões.
Os valores renegociados são uma receita extra para a Caixa Econômica, pois já foram excluídos do balanço da instituição, ou seja, possuíam chances quase nulas de serem pagos à empresa.
Além do retorno do montante aos cofres da empresa, outra vantagem é fazer com que os consumidores que estão fora do mercado de crédito realizem novas compras, a partir da restauração do seu crédito.
Valores das dívidas
De acordo com a Caixa Federal , os clientes que têm dívidas de até R$ 500,00, representam a maioria, mais precisamente 69% dos devedores. Aqueles que têm dívidas entre R$ 500 e R$ 1 mil são mais 500 mil, já os clientes que devem entre R$ 1 mil a R$ 2 mil são 100 mil.
A maior parte das dívidas de pessoas físicas são feitas a partir de crédito consignado, representando 24,7% dos débitos, em segundo lugar estão as com cartão de crédito que somam 18,1% dos débitos, logo abaixo estão as dívidas com material de construção que representam um percentual de 15,2% dos inadimplentes.
Mantém-se as negociação de dívidas em percentuais de 40% a 90%, os clientes interessados devem dirigir-se até uma Agência da Caixa para prosseguir com a adesão ao programa.