Carteira de habilitação pode ser negada a hipertensos

2015-04-10_190211
Aferir a pressão para a primeira habilitação ou para a renovação da concessão é regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito

Motoristas com histórico de hipertensão poderão ter dificuldade para retirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no futuro. Em projeto testado pelo Detran-PR que tem como objetivo evitar acidentes causados por problemas cardíacos, ressaltou que a hipertensão afeta de 25 a 100 motoristas do país. Quem procurar o Detran do Paraná, por exemplo, passará por uma consulta médica onde a pressão será medida. Com um resultado em até 160/100 mmHg – valor superior ao normal, mas considerado dentro dos limites por conta do estresse do momento do exame – o motorista é liberado. Caso a pressão arterial esteja acima do limite, o motorista pode ter o prazo de validade da CNH reduzido ou negado até que um médico especialista libere a pessoa a dirigir.
“Se o motorista apresentar uma pressão de 180/110 mmHg ou acima, é um fator de risco isolado para hipertensão e é reprovado direto. Mas é uma reprovação com a finalidade de evitar um acidente. Ninguém quer um motorista com essa pressão dirigindo uma carreta. Ele deve buscar o cardiologista ou outro médico e voltar apenas com a pressão controlada e o laudo do médico”, explica Dirceu Antônio Silveira Junior, chefe do setor médico do Detran-PR.

Essa medida é legal?
Aferir a pressão do motorista para a primeira habilitação ou para a renovação da concessão é algo regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Pessoas que forem reprovadas por este motivo e conseguirem controlar a pressão poderão retornar ao Detran e fazer um novo exame.