Câncer de útero: Pesquisa indica condição que aumenta o risco 

2015-04-10_190211

O principal câncer analisado foi o de endométrio, que é o tipo mais comum encontrado no útero

 

Pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, apontam que o excesso de peso ao longo da vida pode dobrar o risco de uma mulher desenvolver câncer de útero. De acordo com o estudo, um a cada três casos da doença no Reino Unido (34%) está ligado ao excesso de peso.

A pesquisa analisou amostras genéticas de 120 mil mulheres do Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Polônia e Suécia. De todas as voluntárias, cerca de 13 mil foram diagnosticadas com câncer de útero.

O principal câncer analisado foi o de endométrio, que é o tipo mais comum encontrado no útero, pois afeta o revestimento do órgão – o endométrio.

Os pesquisadores descobriram que a cada cinco unidades extras de IMC – índice de massa corporal, o risco de câncer endometrial aumenta em até 88%. As cinco unidades de IMC representa a diferença entre a categoria de sobrepeso e obesa.

“Mais pesquisas são necessárias para investigar exatamente quais tratamentos e medicamentos podem ser usados para gerenciar o risco de câncer entre pessoas que lutam contra a obesidade. Já sabemos que estar acima do peso ou obeso aumenta o risco de desenvolver 13 tipos diferentes de câncer. Para reduzir o risco de câncer, é importante manter um peso saudável comendo uma dieta equilibrada e mantendo-se ativo”, disse a chefe de informações de saúde do Cancer Research UK.

Pesquisa indica condição que aumenta o risco de câncer de útero em mulheres.

“Este estudo é um primeiro passo interessante sobre como as análises genéticas podem ser usadas para descobrir exatamente como a obesidade causa câncer e o que pode ser feito para combatê-lo”, relatou a principal autora do estudo, Emma Hazelwood.

“As ligações entre obesidade e câncer de útero são bem conhecidas, mas este é um dos maiores estudos que analisou exatamente por que isso ocorre em nível molecular. Estamos ansiosos para mais pesquisas explorando como podemos agora usar essas informações para ajudar a reduzir o risco de câncer em pessoas que lutam contra a obesidade.”