Câmara de Vereadores de Monte Belo aprova CPI para investigar construção de escola

2015-04-10_190211
Bancada do PTB votou contra a abertura da CPI

Escola deveria estar pronta no final de 2016, mas as obras estão paradas e só devem seguir com nova licitação

A Câmara de Vereadores de Monte Belo do Sul aprovou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a obra da construção de uma escola (ainda sem nome) no município. A proposta, de autoria do vereador e presidente da Câmera, Nilso Cavaleri (PDT), foi acolhida na sessão ordinária de 5 de setembro.
Foram cinco votos a favor e quatro contra. A bancada do PTB (Adair Cecconi, Lauro Ricieri Bazzanella, Norberto Possamai e Nelsa Berselli Ceccon) foi o grupo que votou contra, e os vereadores Nilso Cavaleri (PDT), Silvio Cesca (PMDB), Onecimo Pauleti (PMDB), Arístides Fantim (PMDB) e Lademir Moro, foram a favor da abertura da CPI.
Para Cavaleri, o posicionamento dos parlamentares do PTB foi uma surpresa. “Quando eu levantei o assunto, há quinze dias, todos os vereadores me apoiaram”, relata. A segunda votação sobre a pauta, que é necessária para que a CPI aconteça, será em 19 de setembro.
O presidente do legislativo aponta que pretende defender o correto. “Eu não estou do lado de um prefeito (o atual, Ademir Dallé), nem de outro (o ex-prefeito, Lírio Turri), eu sou vereador e acredito que a minha função é fiscalizar”, comenta. “Tem que apurar os fatos. Já tem muito dinheiro público envolvido nessa construção. Um diz uma coisa, outro diz outra, sempre buscando jogar a culpa num e noutro”, acrescenta. Para ele, a CPI vai encontrar as respostas, buscadas também pela população, sobre o atraso do andamento da obra, e possíveis falhas na execução.
“Toda a comunidade quer saber a verdade. É um projeto bonito que beneficiaria cerca de 200 alunos”, registra. Segundo Cavaleri, depois de instaurada, a CPI leva cerca de 90 dias para concluir a investigação.
Ainda, conforme o vereador, a obra que deveria ficar pronta no final do ano passado, só tinha 5% de andamento naquele ano. O parlamentar também relata que a verba de R$1,88 milhões para a construção do complexo seria oriunda do Governo Federal, e a prefeitura teria que dar R$248 mil de aditivo. Para que a escola saia do papel, será necessária uma nova licitação, ação que Caveleri define como “dinheiro jogado fora”.