Brigada aponta redução da criminalidade em Bento

2015-04-10_190211

Dados divulgados pelo 3º BPAT indicam queda nos índices de nove tipos de ocorrências, em comparação ao mesmo período do ano passado

Na contramão das estatísticas de boa parte dos municípios brasileiros, Bento Gonçalves vivencia uma redução no índice de criminalidade no primeiro trimestre de 2017, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A informação foi divulgada na última segunda-feira, a partir de dados do 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas – 3º BPAT. Dentre as 12 modalidades de crimes analisadas, nove apresentaram queda, totalizando uma diminuição de 75%.
De acordo com os dados apresentados, houve queda na ocorrência de roubo e furtos a residências (simples ou com arrombamento). Esse fato é destacado como muito positivo pelo o comandante da 1ª Companhia, capitão Diego Caetano, uma vez que a frequência desse tipo de delito é mais sentida justamente no primeiro trimestre, por causa das viagens de férias. Roubo e furto de veículos também mostraram queda (13,4% e de 34,3%). Em relação ao furto em veículos, a redução foi expressiva, alcançando 35,7% de queda.
Nesse sentido, o capitão reforça a importância das barreiras policiais, onde muitos veículos furtados podem ser recuperados. Por esse motivo, intensifica a necessidade de que a população colabore com a polícia, evitando alertas sobre essa questão em grupos de whatsapp e outros aplicativos. Ele cita inclusive um estudo que visa a denúncia de administradores destes grupos ao Ministério Público.

Delitos que apresentaram aumento nos índices também foram citados
Apesar dos números otimistas, índices relacionados a alguns tipos de crimes mostraram aumento, dentre eles o roubo a pedestre, vitimando, em sua maioria, mulheres. Em geral, esse tipo de delito é praticado por menores de idade, e é está relacionado ao uso de drogas (uma vez que os infratores vendem os objetos subtraídos). As ocorrências acontecem tanto à noite, próximo à agências bancárias ou locais onde acontecem festas quanto no começo da manhã, n o momento em que muitas pessoas seguem para o trabalho.
Segundo o Capitão Caetano, um dos objetos mais furtados ainda é o telefone celular. E sobre essa particularidade, ele chama a atenção para o fato de que muitos objetos furtados ou roubados acabam sendo comercializados em páginas de redes sociais. E alerta para preços muito abaixo do mercado, reforçando que, ao adquirir esses itens, as pessoas podem ser processadas e até ser presas por receptação.
Outro tipo de crime que apresentou aumento no número de ocorrências registradas foi o furto com arrombamento a estabelecimento comercial (alta de 26,6%). E de acordo com o capitão, esse tipo de delito também apresenta relação com o consumo de drogas, uma vez que a prática da venda dos objetos ou produtos furtados desses estabelecimentos segue o mesmo objetivo daqueles subtraídos nos roubos a pedestres: gerar dinheiro para a compra das substâncias ilícitas.