Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos em 2022

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RS arrecadou 116 bilhões e representa pouco mais que 5,67% do total arrecadado. Confira quanto Bento Gonçalves já arrecadou

O Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou nesta quarta-feira (14) a marca de R$ 2 trilhões pagos em impostos pelos brasileiros somente em 2022. O valor corresponde aos tributos que são pagos aos governos federal, estaduais e municipais.

No ano passado, esse valor foi atingido somente no dia 13 de outubro.

A marca, atingida nesta terça-feira (3), é anterior ao ano passado, que chegou a esse número somente no dia 19 de maio. Isso significa que a população está pagando mais impostos que em 2021.

Em nota, a ACSP diz que a maior arrecadação observada neste ano tem como base a inflação elevada – atualmente, está acima de 10%.

“Quanto maior o preço, maior o imposto embutido. Alguns itens estão extremamente tributados, como o caso dos combustíveis e da energia elétrica”, afirmou Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Neste ano, quem comprar presentes para comemorar o Dia das Mães vai pagar pelo menos 36% de impostos no preço final do produto. No caso de perfumes importados, por exemplo, 78,99% são tributos.

Os perfumes nacionais têm 69,13% de tributos, segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

O Impostômetro

Criada em 2005, a ferramenta busca estimar o valor total de impostos, taxas, contribuições e multas que a população brasileira paga para a União, os estados e os municípios.

Além do painel localizado na sede da entidade, no Centro Histórico da capital paulista, o total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet, na página do Impostômetro.

Na ferramenta, criada em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), é possível acompanhar quanto o país, os estados e os municípios estão arrecadando com tributos e também saber o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado.

Segundo a Associação Comercial de São Paulo, a antecipação do montante está relacionada ao aumento dos preços e à melhora do nível de atividade econômica nos últimos doze meses. Para Marcel Solimeo, economista da ACSP, o corte de impostos sobre os combustíveis e de energia elétrica – afetando a arrecadação do ICMS -, provocará desaceleração do ritmo da arrecadação até o fim do ano.