A melhora no índice se torna ainda mais evidente quando se compara com o mesmo trimestre de 2021
A taxa de desocupação está menor no Brasil. É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde 2012. No último balanço divulgado, relativo ao trimestre de julho a setembro de 2022, uma nova queda foi apontada e, agora o desemprego é de 8,7%.
No trimestre anterior, de abril a junho, o desemprego estava em 9,3% no país. O novo marco, abaixo de 9%, representa o menor número de pessoas desempregadas no país há 7 anos, desde 2015. Quando comparada com o mesmo período do ano passado, ou seja, de julho a setembro de 2021, a porcentagem atual fica ainda melhor: a taxa de desocupação estava em 12,6%, em um cenário ainda de muitas incertezas e restrições com a pandemia de Covid-19.
O desemprego e a desocupação, que considera também a falta de oportunidades informais, é um problema que afeta não só a vida de cada indivíduo, mas a economia de um país inteiro. Por isso o número é acompanhado de perto e com atenção por especialistas a partir da série histórica do Pnad, criada em 2012.
Atualmente, o número de pessoas ocupadas é de 99 milhões no Brasil, o maior desde 2012. Também, pelo segundo trimestre consecutivo, o rendimento real habitual cresceu, chegando a R$ 2.713,00 no país.
Desemprego é menor, mas e a informalidade?
Outro dado importante da pesquisa é que a informalidade continua alta. Isso porque o número de empregados sem carteira assinada no setor privado, de 13,2 milhões, foi o maior da série iniciada em 2012. Com relação ao trimestre anterior, são 355 mil pessoas a mais (2,8%) e, se comparado ao último ano, 1,8 milhão de pessoas a mais (16%).
Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões no trimestre, mantendo-se próximo do trimestre anterior. A Pnad registrou também 4,3 milhões de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego.
Impactos do desemprego na economia
O aumento na taxa de desempregados causa um efeito cíclico na economia de um país. Se o número de pessoas sem renda fixa aumenta, o que historicamente se agrava em períodos de recessão e incertezas, parte da população passa a ter menos dinheiro para gastar, o que reduz a demanda por bens e serviços e leva à perda de mais empregos.
Altas taxas de desemprego também costumam elevar a dívida acumulada da população como um todo.