Brasil lança candidatura à presidência da OIV

2015-04-10_190211
A enóloga e edoutora em Enologia pela Universidade de Bordeaux, Regina Vanderline é a candidata proposta pelo Ministério da Agricultura

 

A enóloga Regina Vanderlinde  atua como delegada do Brasil na OIV desde 2001

O governo brasileiro, pela primeira vez, indicou um nome para a presidência da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), com sede em Paris. A escolhida foi a enóloga Regina Vanderlinde, professora na Universidade de Caxias do Sul, formada em Farmácia Bioquímica – Tecnologia de Alimentos, pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutora em Enologia pela Universidade de Bordeaux. Ela teve sua candidatura proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como representante oficial do país, na eleição marcada para 6 de julho.
Regina atua como delegada do Brasil na OIV, desde 2001, tendo participado de Comissões e Grupos de Trabalho, no Comitê Executivo e na Assembleia Geral da entidade. Em 2012, assumiu o posto de secretária científica da Subcomissão de Métodos de Análises da organização, sendo a primeira representante do Brasil a ocupar cargo na organização.
Entre as propostas para a OIV, Regina Vanderlinde defende a construção de um modelo de comércio internacional baseado na legalidade e na transparência. Segundo a especialista, o objetivo é obter a adesão de novos membros para a entidade a fim de que cresça mais. “Vou trabalhar para inspirar a confiança do consumidor, valorizar o vinho e aumentar o retorno econômico de quem vive da atividade”, pontua.
Entre seus objetivos, está ainda atuar junto ao Codex Alimentarius no caso de limites dos aditivos e coadjuvantes de tecnologia de fabricaçāo, para o desenvolvimento de novos padrões internacionais, a fim de melhorar as condições de desenvolvimento e comercialização de produtos vitivinícolas.

A entidade
A OIV, organização científica e técnica intergovernamental, fundada em 1924, com competência no campo da vinha, vinho, bebidas à base de vinho, uvas de mesa, passas e outros produtos de videira, atua em todos os domínios referentes à uva e ao vinho no mundo, tendo 46 países membros (entre os quais o Brasil, desde 1996) e 12 organismos internacionais como observadores.
De acordo com estatística da OIV, de outubro de 2017, a Itália é a maior produtora de vinho do mundo com 39,3 milhões de hl (hectolitros), seguida da França (36,7 milhões de hl) e da Espanha (33,5 milhões hl). O Brasil ocupa a 14ª posição no ranking, com produção de 3,4 milhões hl.

A enóloga e edoutora em Enologia pela Universidade de Bordeaux, Regina Vanderline é a candidata proposta pelo Ministério da Agricultura