Bento registra 750 casos de doença diarréica aguda em 13 dias

2015-04-10_190211

Os bairros São Roque, Santa Helena, Ouro Verde, Vila Nova I e II, Aparecida, Municipal, Borgo e Zatt, juntos, somam 48,6% do total de casos.

O Serviço de Vigilância Epidemiológica de Bento Gonçalves, através do Sistema de Monitoramento das Doenças Diarreicas Agudas (SIVEP-DDA), acompanha sistematicamente os atendimentos dos casos de diarreias agudas no município. Surtos da doença foram identificados em 16 cidades do Estado desde o final de agosto, conforme boletim emitido pelo Governo do Estado.

Em Bento Gonçalves, entre 1º de setembro até esta quinta-feira (14), foram notificados 1.550 casos de DDA. Do total de casos no município, 35,2% está na faixa etária menor de 20 anos (crianças e adolescentes). A grande maioria dos doentes tem 20 anos ou mais (64,8%).

Os bairros São Roque, Santa Helena, Ouro Verde, Vila Nova I e II, Aparecida, Municipal, Borgo e Zatt, juntos, somam 48,6% do total de casos. Os dados foram divulgados pela Vigilância Sanitária do município na tarde desta quinta-feira (14). Somente nas duas primeiras semanas de outubro já foram registrados 750 casos da doença segundo registros das UBSs, hospital e serviços de emergência.

A doença gastrointestinal tem como principal sintoma a diarreia, que pode ser acompanhada de dor abdominal, náusea, vômito e febre.  No geral são autolimitadas com duração de 2 a 14 dias.

O tratamento independe do diagnóstico etiológico, já que o objetivo da terapêutica é reidratar. Recomenda-se nestes casos o aumento da ingestão de líquidos como soro caseiro, sopas, sucos não laxantes, mantendo a alimentação habitual, em especial o leite materno, corrigindo eventuais erros alimentares e evitando tomar medicamento sem orientação médica. Persistindo os sintomas e ocorrendo vômitos e febre os pacientes devem ser reavaliados.

As principais medidas de controle e prevenção incluem a lavagem de mãos frequente, especialmente após ida ao banheiro, trocas de fraldas e antes de comer ou preparar a comida. A lavagem cuidadosa de frutas e vegetais de preferência com cloro, devem seguir as orientações contidas no rótulo da embalagem do produto.

Cuidados com a água para consumo humano como, por exemplo, a fervura da água não tratada e o não consumo dela se a fonte não for segura são medidas importantes para o controle de agentes etiológicos de transmissão principalmente hídrica. Após cozinhar os alimentos os mesmos devem ser manipulados de maneira adequada sobre superfícies limpas e de preferência não porosas.

Limpar as superfícies contaminadas com álcool ou hipoclorito de sódio sempre que possível, por exemplo, banheiros, pias para lavagem de mãos, entre outros. Os reservatórios domiciliares e de abastecimento (caixas d’agua) precisam ser limpos de preferência anualmente.