Mudança vale a partir de junho • Quem já está no programa continua com regras antigas • Tempo de permanência cai de 2 anos para 1 ano
O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) anunciou nesta quinta-feira mudanças nas regras do Bolsa Família para famílias que conseguem emprego ou aumentam a renda. As novas normas valem a partir de junho de 2025, mas só afetam quem entrar nessa situação depois dessa data.
A principal mudança é no tempo que as famílias podem ficar no programa após aumentar a renda. Antes, elas podiam permanecer por até dois anos recebendo metade do valor do benefício. Agora, esse prazo será de apenas um ano.
O limite de renda também mudou. Antes, famílias podiam ter até R$ 759 por pessoa e continuar no programa. O novo limite é de R$ 706 por pessoa.
“Com o crescimento da economia, é importante atualizar os parâmetros para garantir que o Bolsa Família chegue às famílias mais pobres”, explicou Eliane Aquino, secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS.
Quem não será afetado
As famílias que já estão recebendo com renda maior continuam com as regras antigas. Elas podem ficar até dois anos no programa recebendo metade do valor.
Quem recebe o Bolsa Família normalmente não terá nenhuma mudança.
Como funciona a proteção
Quando uma família do Bolsa Família consegue emprego ou a renda aumenta, ela não perde o benefício imediatamente. Ela entra na chamada “Regra de Proteção”:
- Continua recebendo o benefício por um tempo determinado
- Recebe metade do valor durante esse período
- Se perder o emprego ou a renda diminuir, volta a receber o valor completo
Para famílias que têm aposentados, pensionistas ou quem recebe BPC (benefício para idosos), o tempo de proteção é de apenas dois meses.
Mais empregos para beneficiários
O governo justificou a mudança com dados do mercado de trabalho. Nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil criou 574 mil empregos formais. Deste total, 273 mil foram ocupados por pessoas que recebem Bolsa Família.
“É muito importante que os beneficiários não tenham medo de assinar a carteira. Se você consegue trabalho e tem renda entre R$ 218 e R$ 706 por pessoa, fica com o salário e com metade do Bolsa Família”, orientou Eliane Aquino.
Garantia de retorno
O MDS também garantiu que famílias que saírem do programa podem voltar com prioridade se ficarem pobres novamente. Essa garantia vale por até três anos através do “Retorno Garantido”.
As novas regras entram em vigor em junho, mas os efeitos só aparecem na folha de pagamento de julho de 2025. O objetivo, segundo o governo, é reduzir a fila de espera e priorizar famílias em situação de pobreza extrema.




