Banco Central: greve continua 

2015-04-10_190211

 

Servidores classificam encontro com fiasco e prometem intensificar a paralisação

 

A reunião entre o governo federal e representantes dos servidores do Banco Central terminou sem um acordo entre as duas partes na manhã desta terça-feira. Os funcionários esperavam que Leonardo Sultani, titular da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, apresentasse uma proposta para a categoria, o que não aconteceu.

Os servidores pedem um reajuste salarial de 26,3%, referente à inflação de 2019 a 2022, além da reestruturação de carreiras. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) defenda que a demanda não tem impacto financeiro. Apesar das exigências, os funcionários já haviam sinalizado a disposição para negociar com o governo.

“Como não houve proposta oficial, a nossa resposta vai ser a manutenção e a intensificação da greve”, disse um representante do sindicato.

A expectativa de adesão à greve, segundo o Sinal, segue acima de 60% dos servidores e sinaliza que a paralisação pode afetar o Pix e outros serviços financeiros do órgão, como a divulgação do Boletim Focus e de diversas taxas financeiras.

O Banco Central admitiu pela primeira vez que o motivo do adiamento de publicações como o Focus, dados do câmbio e o Relatório de Poupança, era a greve. A autarquia não disse quando os indicadores serão divulgados e também adiou a remuneração a bancos em operações do Pix.

 

Serviços essenciais

O presidente do Sinal, Fábio Faiad, diz que a greve dos servidores será feita de forma responsável, respeitando a lei dos serviços essenciais, mas o Pix e outras atividades do BC não se encontram dentro do escopo da lei. “Portanto, a greve poderá interromper parcialmente o Pix e a distribuição de moedas e cédulas”.