Atraso na entrega de passaportes por causa de aumento de infecções por Covid-19

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Casa da Moeda enfrenta problemas na produção dos documentos e que a entrega deve demorar dez dias úteis

Os  brasileiros que emitiram seus passaportes a partir do dia 21 de janeiro terão que lidar com um atraso na entrega dos documentos. De acordo com o governo federal, a Casa da Moeda tem enfrentado dificuldades na produção dos passaportes devido ao alto número de novos casos por Covid-19. Os solicitantes podem acompanhar o andamento do processo pelo site do governo.

O aviso foi publicado nesta segunda-feira (31) e ainda informa um prazo de dez dias úteis para obtenção do documento a partir do último dia de atendimento.

Usualmente, o prazo para a entrega do passaporte é de seis a dez dias úteis.

Para obter o documento, os viajantes devem reunir os documentos necessários, preencher um formulário eletrônico, pagar a taxa de emissão e agendar um atendimento presencial em um posto da Polícia Federal para coleta de impressões digitais e foto. Após o comparecimento, passa a contar o prazo para a entrega do documento que, com o aumento de casos de Covid-19, passa a ser de no mínimo dez dias úteis.

Já a Casa da Moeda do Brasil negou a informação publicada no site do governo federal, e afirmou que não há alteração no prazo de entrega dos passaportes. “Os passaportes estão sendo entregues dentro do prazo”, disse o órgão.

O atraso na entrega informado pelo governo acontece na mesma semana em que o Brasil registrou, pela primeira vez desde o início da pandemia, mais de 1 milhão de casos de Covid-19 em sete dias. Entre 23 e 29 de janeiro foram 1.305.447 casos de coronavírus registrados. Os números são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

O alto número de infecções é decorrente do avanço da variante Ômicron, cepa mais transmissível da Covid. De acordo com a universidade Imperial College, do Reino Unido, a taxa de transmissão na semana de 17 de janeiro foi de 1.78, o que significa que 100 pessoas infectadas com o coronavírus transmitiam para 178 outras pessoas. Foi a maior taxa de contaminação já registrada desde janeiro de 2021.