Segundo os pesquisadores, sintomas intestinais podem contribuir para a chamada “covid longa”
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, no Reino Unido, descobriu que uma em cada sete pessoas infectadas pela Covid-19 ainda eliminava fragmentos do vírus em suas fezes até quatro meses depois de pararem de liberar o vírus pelo trato respiratório.
“Descobrimos que as pessoas que haviam eliminado sua infecção respiratória, o que significa que não estavam mais testando positivo para Sars-CoV-2 em seu trato respiratório, continuavam a liberar RNA de Sars-CoV-2 em suas fezes”, declarou o líder do estudo, Ami Bhatt.
Segundo os pesquisadores, isso pode ser uma explicação do porquê alguns pacientes infectados pela Covid-19 desenvolverem sintomas gastrointestinais, como dores abdominais, náuseas, vômito e diarreia. Segundo os pesquisadores, sintomas intestinais podem contribuir para a chamada “covid longa”.
“A Covid longa pode ser a consequência da reação imunológica contínua ao SARS-CoV-2, mas também pode ser que tenhamos pessoas com infecções persistentes que se escondem em outros nichos além do trato respiratório, como o trato gastrointestinal”, disse Bhatt.
Este foi o primeiro estudo a analisar a presença do RNA dos vírus da Covid-19 nas fezes de pacientes com casos de leve a moderados da doença. Pesquisas anteriores, porém, já haviam avaliado a presença do vírus no material fecal de pessoas que tiveram casos graves da doença.