Apreensão de drogas sintéticas é a maior do ano, diz delegada

2015-04-10_190211
Foram apreendidos 206 comprimidos de Ecstasy, 88 cápsulas de Key, 10 porções de MD, 200gramas de Maconha, 15 unidades de LSD, 6 unidades de Cafeína e 20g de Cocaína

No início da noite do último sábado, dia 8, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio do POE (Pelotão de Operações Especiais), Brigada Militar e Polícia Civil, realizaram a maior apreensão de drogas sintéticas de 2018. A afirmação é da delegada titular pela 1ª DP, Maria Isabel Zerman. Os agentes abordaram dois ônibus que transitavam pela rua Antônio Michelon, no bairro Santa Rita.
Os dois veículos receberam ordem de abordagem policial próximo ao trevo de acesso ao km 217 da BR 470, quando seguiam para uma festa rave em Alvorada.
Todos os passageiros passaram por revista pessoal, onde a polícia encontrou diversas porções de entorpecentes como Ecstasy, Lsd, Key, Maconha, Cocaína entre outras drogas.
Ao total foram apreendidos 206 comprimidos de Ecstasy, 88 cápsulas de Key, 10 porções de MD, 200gramas de Maconha, 15 unidades de LSD, 6 unidades de Cafeína e 20g de Cocaína.
Pelo menos 20 pessoas foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento e determinado pela autoridade policial de tráfico de drogas para sendo determinado pela autoridade policial tráfico de drogas para C.C.R 22 anos, A.M 25 anos, A.A.M 30 anos e M.V.V 23 anos. Outros 16 assinaram termo circunstanciado por posse de entorpecentes pelo POE – Pelotão de Operações Especiais da Brigada militar, e foram liberados.

As apreensões dos últimos anos
As apreensões de entorpecentes de 2016 e 2017 continuam sendo as maiores dos últimos anos. No início de 2017 a Gazeta fez uma reportagem especial fazendo um comparativo das apreensões de drogas ilícitas. Na ocasião a delegada Maria Isabel comentou sobre o aumento no consumo dessas drogas na cidade e o esforço da polícia para combater esses crimes.
As penas para o tráfico são de cinco há dez anos de detenção em regime fechado, e segundo números do 1º Departamento de Polícia, apenas a apreensão de maconha aumentou oito vezes de 2015 para 2016, com 42.930 quilos (destes, 39 quilos foram apreendidos em Torres, numa operação que evitou que a droga chegasse em Bento) apreendidos no último ano, enquanto que em 2015 foram 5.617. De acordo com a delegada titular da 1ª DP, desde 2014 a maior procedência de drogas que chega em Bento do Paraguai.
“No mapeamento que realizamos foi constatado que a maconha é importada do Paraguai, passando por Mato Grosso, Santa Catarina, para então chegar aqui em Bento”, explica. Essa, no entanto, é apenas uma das drogas que são comercializadas no município.
A compra de cocaína, crack e ecstasy também é combatida severamente pela polícia. Na guerra contra o tráfico os agentes enfrentam diversas adversidades. Um dos desafios da polícia é combater a tele entrega de drogas, que segundo Maria Isabel, é um comércio que aumenta cada vez mais na cidade. O serviço funciona numa espécie de “tele pizza”, em que o usuário liga e escolhe a droga de sua preferência e a quantidade desejada.
“Estamos utilizando diversos meios para combater essa nova modalidade utilizada pelos traficantes”, garante. A faixa etária dos usuários e traficantes varia, mas conforme relata a delegada, a maioria dos detidos têm idades entre 30 e 40 anos. “Os próprios vendedores são da classe média, e nas últimas apreensões pegamos empresários, donos de estabelecimentos comerciais, que além das atividades licitas, vendiam drogas, lucrando em torno de R$ 1.000 reais por noite”, afirma.
No combate contra o tráfico é constatado que a Cocaína (valor entre R$ 30 e R$ 50 reais) é a droga consumida pela população de classe média alta, enquanto que o crack (com valores de R$ 5 e R$ 10 reais), pelo baixo valor, é utilizado em zonas periféricas.
“ A cocaína é vendida muito pelo sistema de tele entrega, que acontece geralmente no final da tarde, já o crack é comercializado por indivíduos que furtam para comprar a droga”, esclarece.