Na serra Gaúcha somente cinco municípios estão com 97 a 100% de alunos do ensino médio que permanecem em sala de aula
Alunos da rede pública brasileira estão muito aquém do aprendizado esperado de matemática e português, mostra um estudo divulgado nesta quarta-feira. A análise foi tabulada pelo instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
Os dados mais preocupantes referem-se ao ensino da matemática. Estendendo a lupa a todo o Brasil, o percentual de estudantes, no Ensino Médio, que está com o aprendizado dentro do esperado para matemática é de 5%. Em São Paulo, são 6% neste patamar, no Rio, são 4,2%. Em melhor colocação está o Espírito Santo, onde 11,2% dos estudantes conseguiram chegar ao nível esperado. Os números mostram um cenário mais dramático do que o aferido em 2019, quando a média nacional era de 7%.
A pesquisa foi preparada com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. O levantamento estará disponível na plataforma QEdu, apoiada pela Fundação Roberto Marinho, a partir de hoje — a iniciativa completa 10 anos neste 2022.
Língua Portuguesa
Em língua portuguesa, o aprendizado é melhor, mas ainda longe do esperado. A média geral dos alunos de Ensino Médio em escolas públicas que aprendem dentro do esperado para esse patamar de ensino é de 31,3%. Em São Paulo, a média é de 39%. No Rio está em 29%. Os melhores indicadores também dizem respeito ao estado do Espírito Santo, com 42,6% dos estudantes dentro do nível projetado para essa fase escolar. Em 2019, essa média nacional somava 34%.
Os pesquisadores acreditam que a pandemia foi especialmente dramática para o rendimento dos estudantes. Levantamentos anteriores, por exemplo, mostraram que o ensino à distância foi impraticável para parte dos alunos da rede pública. O estudo ainda ressalta a importância das famílias apoiarem os filhos na trajetória escolar.
Na serra Gaúcha somente cinco municípios estão entre 97 a 100% de alunos nascidos em 2003 que permanecem em sala de aula
Cotiporã, Dois Lageados, Veranópolis, Monte Belo Nova Roma do Sul estão neste índice. A nota distante da regão é o Município de Santa Tereza que manteve apenas 40% de alunos entre 16 e 17 anos em sala de aula o ensino médio.( veja a galeria de imagens) abaixo
Taxas de rendimento por etapa escolar
As médias de aprendizado acompanham o percentual em sala de aula: municípios com baixa adesão de alunos nascidos em 2003 em diante também tem baixo percentual de aprendizado.
No Rio Grande do Sul o cenário pode se analisado no levantamento do Ideb clicando aqui
Alunos da rede pública brasileira estão muito aquém do aprendizado esperado de matemática e português, mostra um estudo divulgado nesta quarta-feira. A análise foi tabulada pelo instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
Os dados mais preocupantes referem-se ao ensino da matemática. Estendendo a lupa a todo o Brasil, o percentual de estudantes, no Ensino Médio, que está com o aprendizado dentro do esperado para matemática é de 5%. Em São Paulo, são 6% neste patamar, no Rio, são 4,2%. Em melhor colocação está o Espírito Santo, onde 11,2% dos estudantes conseguiram chegar ao nível esperado. Os números mostram um cenário mais dramático do que o aferido em 2019, quando a média nacional era de 7%.
A pesquisa foi preparada com dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2021. O levantamento estará disponível na plataforma QEdu, apoiada pela Fundação Roberto Marinho, a partir de hoje — a iniciativa completa 10 anos neste 2022.
Língua Portuguesa
Em língua portuguesa, o aprendizado é melhor, mas ainda longe do esperado. A média geral dos alunos de Ensino Médio em escolas públicas que aprendem dentro do esperado para esse patamar de ensino é de 31,3%. Em São Paulo, a média é de 39%. No Rio está em 29%. Os melhores indicadores também dizem respeito ao estado do Espírito Santo, com 42,6% dos estudantes dentro do nível projetado para essa fase escolar. Em 2019, essa média nacional somava 34%.
Os pesquisadores acreditam que a pandemia foi especialmente dramática para o rendimento dos estudantes. Levantamentos anteriores, por exemplo, mostraram que o ensino à distância foi impraticável para parte dos alunos da rede pública. O estudo ainda ressalta a importância das famílias apoiarem os filhos na trajetória escolar.
O que é Indicador Permanência Escolar
O Indicador de Permanência Escolar, desenvolvido pela organização Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), tem como objetivo mensurar, através dos dados do Censo Escolar, o percentual aproximado de estudantes que passaram pelo sistema educacional e o abandonaram ao longo de sua trajetória. Vista a necessidade de urgência provocada pelo momento atual, o Indicador de Permanência exprime os impactos negativos causados pela pandemia e busca valorizar as redes que mantêm bons fluxos, como baixas taxas de reprovação e abandono.
Pesquisas mostram que em 2020 cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes não tinham acesso à educação, e que 3,8% dos estudantes entre 6 e 17 anos abandonaram as instituições de ensino. As consequências do cenário pandêmico agravam as desigualdades entre grupos com intersecção de identidades sociais, e por esse motivo o indicador também analisa as características dos estudantes, tais como gênero, raça/cor e nível socioeconômico, além dos dados por Região, Unidade da Federação e Município.
O Indicador de Permanência é calculado a partir da relação entre o total de alunos de uma geração matriculados no ano analisado e a média dos três anos com maiores índices de estudantes matriculados dessa geração. O motivo de utilização de uma média, é aproximar o resultado da realidade, pois considerar as matrículas de apenas um ano de uma geração pode, equivocadamente, estimar as quebras de matrícula por transferência e/ou óbito como evasão. O resultado do cálculo determina a porcentagem de alunos que entraram no sistema e permaneceram, enquanto a diferença para 100% expressa o total de crianças/jovens que entraram no sistema e evadiram.
Assim, o cálculo do Taxa Permanência Escolar é tido por:
TPE = T/M x 100
onde,
T = total de alunos de uma geração matriculados no ano escolhido para análise
M = média dos 3 anos de maiores matrículas dos alunos da geração analisada
Veja o seguinte exemplo:
A geração de crianças nascidas em 2003, deveria permanecer no sistema educacional até, no mínimo, 2020. Para analisar o Indicador Permanência Escolar dessa geração em 2020, é necessário primeiro ter a quantidade de alunos nascidos em 2003 que estão matriculados em 2020 (por exemplo, 8000 alunos). Posteriormente, verifica-se os 3 anos que houveram mais estudantes nascidos em 2003 matriculados durante sua trajetória escolar e calcula-se a média (por exemplo, 9500 alunos).
Para este exemplo, tem-se
TPE = 8000/9500 x 100 = 84%
Ou seja, das crianças nascidas em 2003 que entraram no sistema educacional, 84% permaneceram no sistema em 2020, enquanto 16% abandonaram.