Anvisa suspende comercialização do estoque da Fugini por falha de higiene

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A suspensão da fabricação dos produtos da marca ficará válida até que a empresa adeque o processo de produção às “Boas Práticas de Fabricação” da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), determinou a suspensão da fabricação, comercialização, distribuição e uso de todos os produtos que estão no estoque da Fugini. Os principais alimentos fabricados pela empresa são molhos de tomate, conservas vegetais e outros molhos, como maionese e mostardas.

A decisão foi tomada após a realização de inspeção sanitária conjunta realizada entre Anvisa, Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e Vigilância Sanitária Municipal de Monte Alto (SP). Na ocasião, falhas graves de “Boas Práticas de Fabricação” (parâmetro de qualidade da Anvisa) relacionadas à higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas, além do controle de pragas, rastreabilidade, entre outros.

A suspensão da fabricação ficará válida até que a empresa adeque o processo de fabricação de seus produtos às “Boas Práticas de Fabricação”. Vale lembrar que essas falhas podem impactar na qualidade e segurança do produto final. A suspensão da comercialização, distribuição e uso é válida apenas para os produtos em estoque na empresa.

A primeira decisão veio na segunda-feira (27/3), por meio da Resolução – RE 1028/2023. A agência de vigilância irá publicar, nesta quinta-feira (30/3), a Resolução – RE nº 1.051, específica para lotes de maioneses da marca Fugita produzidos na planta de Monte Alto (SP) no período de 20/12/2022 a 21/03/2023.

Com a nova medida, fica proibido a comercialização, distribuição e uso, e determina o recolhimento de todas as apresentações da maionese da marca Fugita, com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024. A proibição vale também para todos os lotes a vencer em dezembro de 2023 com numeração iniciada por 354.

A medida foi adotada em razão do uso de matéria-prima vencida na fabricação da maionese. Alimentos vencidos, incluindo suas matérias-primas, são considerados impróprios para o consumo, conforme Código de Defesa do Consumidor, e a sua exposição à venda ou ao consumo é considerada infração sanitária.

A Anvisa recomenda ainda que estabelecimentos comerciais e consumidores que tiverem os lotes da maionese citados na resolução não devem utilizá-los e devem entrar em contato imediato com a empresa Fugini Alimentos Ltda., que deverá realizar seu recolhimento.