Valor é três vezes maior do que a inflação do período;
Um novo relatório da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou que o aluguel residencial subiu em média 16,55% em 2022. A taxa é três vezes maior do que a inflação acumulada no período, 5,79%. A pesquisa é condensada pelo índice FipeZap+.
O aumento em 2022 foi o maior já registrado pelo índice desde 2011, que bateu 17,30%. A alta foi registrada em todos municípios pesquisados. Nas onze capitais analisadas, a taxa de aumento do aluguel foi superior à inflação oficial do país, descrita pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A pesquisa foi realizada em 25 cidades brasileiras com base em anúncios encontrados nos portais da internet e se baseiam apenas nos valores de apartamentos residenciais.
Por que o aluguel subiu tanto?
Segundo o economista Pedro Tenório, do DataZap+, o aquecimento do mercado de trabalho após o COVID-19 é um dos principais fatores que influenciaram neste grande aumento do aluguel em 2022. Com a retomada da economia, os proprietários estão repassando a inflação do período para o preço de suas propriedades.
A alta também pode ser explicada a partir da valorização imobiliária que muitas das cidades pesquisadas estão vivendo, como Curitiba (PR), Florianópolis (SC) E Goiânia (GO).
Para o próximo ano, a expectativa é que a alta não seja tão grande, uma vez que a inflação estimada para o período deve ser menor.
Tanto o PIB quanto o mercado de trabalho devem se estabilizar, o que contribui para o arrefecimento dos preços e um crescimento do mercado em menor ritmo, seguindo a linha da inflação.
Maiores altas nos aluguéis entre as capitais
- Goiânia (GO): 32,93%
- Florianópolis (SC): 30,56%
- Curitiba (PR): 24,47%
- Fortaleza (CE): 21,33%
- Belo Horizonte (MG): 20,01%
- Rio de Janeiro: 17,93%
- Recife (PE): 17,07%
- Salvador (BA): 16,56%
- São Paulo: 14,63%
- Porto Alegre (RS): 11,14%
Maiores altas fora das capitais
- São José (SC): 42,41%
- Barueri (SP): 23,27%
- São José dos Campos (SP): 20,9%
- Campinas (SP): 19,68%
- Niterói (RJ): 18,44%
- Ribeirão Preto (SP): 17,83%
- São José do Rio Preto (SP): 16,27%
- Praia Grande (SP): 16,12%
- Santo André (SP): 12,43%
- Santos (SP): 12%
Cidades com preço médio de aluguel por m² mais caro (em R$)
- Barueri (SP): 50,56
- São Paulo: 45,50
- Recife (PE): 41,68
- Santos (SP): 38,96
- Florianópolis (SC): 38,81
- Rio de Janeiro: 37,78
- Brasília (DF): 37,11
- São José (SC): 34,72
- São José dos Campos (SP): 32,68
- Praia Grande (SP): 32,27