Pesquisa da Unicamp identificou que alterações em 75 proteínas do sangue têm relação com a doença.
A descoberta pode prevenir a depressão tardia, ajudar no diagnóstico e também no tratamento da enfermidade.
Enfermidade acomete pessoas com mais de 55 anos e é confundida com outras questões de saúde.
Por afetar pessoas mais velhas, esse tipo de depressão pode ser confundido com outras questões de saúde, como menopausa ou alteração na tireoide. Este fato dificulta o diagnóstico.
“Geralmente as pessoas tendem a olhar a causa física, deixando a causa emocional de lado”, explica a psicóloga Ana Silvia Rennó..
O estudo, que durou um ano e meio e acompanhou 50 pacientes, identificou nos portadores da depressão tardia a alteração nas 75 proteínas.
A pesquisa apontou, ainda, que seis dessas proteínas estão relacionadas com a forma mais grave da enfermidade.
Essas mudanças nas taxas não foram encontradas nas pessoas livres da doença.
Com a descoberta das proteínas relacionadas à depressão, o professor da Unicamp Daniel Martins de Souza explica que “é hora de se debruçar sobre os medicamentos que podem ajudar a equilibrar a taxa delas no sangue”.