Ação entre voluntários recolhe 300 quilos de lixo do Rio das Antas

2015-04-10_190211
A quantidade de detritos tem aumentado nos últimos anos e a maior parte estava depositada sob a Ponte dos Arcos

Entre os objetos recolhidos, estavam garrafas e sacos plásticos e, até, peças de veículos

 

Todos os anos o projeto é realizado e, lamentavelmente, voluntários e órgãos ambientais continuam encontrando muito lixo nas margens do Rio das Antas. No último sábado (13), foram recolhidos 300 quilos de resíduos. Os materiais foram separados e encaminhados para reciclagem.
A ação “Viva o Taquari – Antas Vivo” está na 13ª edição. É realizado pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari Antas, em parceria com a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar, e prefeituras de Bento Gonçalves, Veranópolis e Cotiporã. O objetivo é a preservação e limpeza das margens e do leito do rio no trecho de 26 quilômetros entre a Ponte dos Arcos, na divisa de Veranópolis com Bento, e o reservatório da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, em Cotiporã.

Além do recolhimento de lixo, foi realizada a orientação dos moradores ribeirinhos sobre a pesca predatória e preservação da mata ciliar

As equipes foram compostas por voluntários, servidores das secretarias de Meio Ambiente dos três municípios, funcionários da Ceran e órgãos de fiscalização, como a Patram e a Associação Riograndense de Proteção aos Animais (Arpa). Eles desceram o leito em oito barcos. Além do recolhimento de lixo, foi realizada a orientação dos moradores ribeirinhos sobre a pesca predatória e preservação da mata ciliar e, também, foram recolhidas redes de pesca.

Foram recolhidos garrafas pet, sacolas plásticas e até mesmo, peças de automóveis

Segundo o secretário de Agricultura, Meio Ambiente, Indústria e Comércio de Cotiporã, Douglas Penso, a quantidade de detritos tem aumentado nos últimos anos e a maior parte estava depositada sob a Ponte dos Arcos. Muitos dos objetos encontrados revelam um pouco das circunstâncias em que eles foram gerados. Havia grande quantidade de garrafas pet e embalagens plásticas, cuja origem deve estar relacionada ao consumo de produtos adquiridos por visitantes em bancas nas proximidades da ponte, ponto turístico da região. Ou seja, ao descarte irregular desses materiais. Quanto às peças de veículos – pneus, metais –, provavelmente, estão relacionadas aos acidentes de trânsito ocorridos na rodovia e que acabam sendo deixados no local.