Rastreamento precoce pode evitar fraturas graves e perda de mobilidade em homens idosos.

Pesquisadores alertam: a osteoporose não é exclusiva das mulheres. Além disso, homens idosos também apresentam alto risco de fraturas graves, mas ainda há negligência no diagnóstico e tratamento.

Segundo a geriatra Cathleen Colon-Emeric, aproximadamente um em cada cinco homens acima dos 50 anos sofrerá uma fratura osteoporótica durante a vida. Além disso, cerca de 25% das fraturas de quadril em idosos ocorrem em homens, que apresentam recuperação mais lenta e altas taxas de mortalidade, chegando a 30% no primeiro ano.

Estudo com veteranos

O estudo acompanhou 3.000 veteranos entre 65 e 85 anos nos centros de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA. No grupo controle, apenas 2% haviam feito exame de densidade óssea. Por outro lado, quando foi criado um serviço especializado com lembretes e acompanhamento, quase metade (49%) realizou o exame, e metade apresentou osteoporose ou osteopenia.

Resultados positivos com intervenção

Assim, após 18 meses, os pacientes do grupo de intervenção mostraram aumento modesto da densidade óssea e maior adesão ao tratamento. Portanto, o rastreamento precoce e acompanhamento médico demonstraram-se eficazes para prevenir complicações.

Conscientização e prevenção

Especialistas recomendam que homens também sejam incluídos nas diretrizes de rastreamento, especialmente aqueles com fatores de risco ou acima de 70 anos. Enquanto isso, Dr. Eric Orwoll alerta que muitos homens ainda acreditam ser indestrutíveis, ignorando a gravidade das fraturas.

Tratamento e estilo de vida

O tratamento varia conforme a gravidade e inclui medicamentos orais (Fosamax, Actonel), intravenosos (Reclast) ou injeções periódicas (Prolia). Além disso, mudanças no estilo de vida, como exercícios, suplementação de cálcio e vitamina D, parar de fumar e reduzir o álcool, ajudam, mas não substituem os medicamentos.