De acordo com dados do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro) da UFRGS, o preço da carne bovina no Rio Grande do Sul registrou um aumento significativo nos últimos 12 meses.
Aumento nos preços da carne
Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, o preço da carne bovina no RS subiu 34,8%. Além disso, a demanda mundial aquecida e a abertura de novos mercados influenciaram esse aumento. Consequentemente, os custos para o consumidor local cresceram de forma expressiva. Ainda, fatores climáticos e a redução temporária da oferta em algumas regiões do Estado contribuíram para o aumento dos preços.
Variação no gado gordo
Em julho de 2025, o preço da arroba do boi gordo na B3 atingiu R$246,15, portanto caiu 3,2% em relação a junho, que fechou a R$254,20. Por sua vez, a vaca a peso vivo subiu 0,75%, passando de R$6,60 para R$6,65. Assim, o rendimento de carcaça também aumentou de R$13,50 para R$13,60, equivalente a 0,74% de alta. Além disso, o NESPro destaca que as oscilações semanais mostram tendência de alta sustentada, principalmente em regiões com maior demanda de frigoríficos.
Variação semanal e gráficos
O NESPro disponibiliza gráficos semanais com a variação dos preços médios pagos ao produtor. Além disso, esses dados auxiliam pecuaristas na tomada de decisões estratégicas. Também, permitem analisar tendências e prever oscilações do mercado. Dessa forma, produtores conseguem planejar a reposição de rebanhos e ajustar o manejo de pastagens de forma eficiente.
Impacto da abertura de mercados
A abertura de novos mercados globais fortaleceu a exportação da carne bovina do RS. Portanto, o aumento nos preços internos é consequência direta desse movimento. Dessa forma, os produtores locais se beneficiam, mas o consumidor sente o efeito no bolso. Ainda, especialistas do NESPro indicam que a valorização tende a se manter nos próximos meses caso a demanda internacional continue alta.
Consumo per capita
Apesar do aumento de quase 35%, o consumo de carne bovina no Rio Grande do Sul permanece estável, com 26 quilos por pessoa ao ano. Assim, os consumidores continuam adquirindo carne mesmo com os preços mais altos. Além disso, a estabilidade indica resiliência do mercado interno frente às variações globais. Ainda, o estudo do NESPro sugere que o equilíbrio entre exportação e oferta interna é crucial para manter o consumo regular.





