Sondagem Industrial da FIERGS revela aumento na produção, empregos e otimismo para os próximos meses, impulsionando investimentos no setor
A indústria do Rio Grande do Sul mostrou sinais de recuperação no início do segundo semestre, conforme aponta a pesquisa Sondagem Industrial divulgada nesta terça-feira (3) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). Em julho, a produção e o emprego registraram crescimento, acompanhados por um aumento na utilização da capacidade instalada e uma redução nos estoques de produtos finais pelo terceiro mês consecutivo.
“O cenário mudou após dois meses de quedas na produção. O emprego, inclusive, apresentou a primeira alta após três meses de retração, o que é atípico para julho, mês que historicamente apresenta redução nas vagas da indústria”, afirmou o presidente da FIERGS, Claudio Bier.
O índice de evolução da produção atingiu 53,5 pontos em julho, indicando um crescimento comparado a junho, superando a média histórica de 51,1 pontos para o mês. Já o índice de emprego alcançou 50,5 pontos, ligeiramente acima da linha de 50, o que é considerado um avanço em um mês de tradicional queda devido à sazonalidade negativa.
A utilização da capacidade instalada (UCI) também cresceu, atingindo 70% em julho, comparado aos 65% registrados em junho, igualando-se à média histórica do mês. No entanto, os empresários avaliaram que o nível de UCI permaneceu abaixo do esperado, com o índice registrando 43,3 pontos, embora tenha subido 3,3 pontos em relação ao mês anterior.
Apesar da alta na produção, os estoques de produtos finais diminuíram pelo terceiro mês consecutivo, com o índice de evolução marcando 48,5 pontos, sinalizando uma queda em comparação ao mês anterior. Os estoques efetivos também ficaram aquém do desejado pelas empresas em julho, mantendo a tendência dos meses anteriores.
Os índices de expectativas para os próximos seis meses avançaram, refletindo otimismo entre os empresários gaúchos. A demanda deve crescer, assim como o emprego e as compras de matérias-primas. Em contrapartida, houve uma leve queda na quantidade exportada, com o índice marcando 49,7 pontos.
Diante desse cenário mais positivo, o índice de intenção de investir subiu para 54,8 pontos em agosto, com 57,9% das empresas indicando disposição para realizar investimentos em máquinas, equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, e inovação nos próximos seis meses.