Segunda fase da Operação Nemeia combate grupo criminoso dentro de presídio de Bento  Gonçalve

2015-04-10_190211

 

 Além da casa prisional de Bento Gonçalves, a ação desta quarta-feira, 21 aconteceu nas unidades prisionais de  Porto Alegre, Encantado, Canoas, Eldorado do Sul, Charqueadas  e Novo Hamburgo 

Na manhã desta quarta-feira (21/8), a Polícia Civil, por meio da 4.ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (4ª DIN/Denarc), deflagrou a segunda fase da Operação Nemeia, em combate a um grupo criminoso voltado ao tráfico de entorpecentes no sistema penitenciário. Foram cumpridos 56 mandados de prisão preventiva, 59 mandados de busca e apreensão, 59 bloqueios de contas bancárias e 6 sequestros de veículos em Porto Alegre, Encantado, Canoas, Eldorado do Sul, Charqueadas, Bento Gonçalves e Novo Hamburgo. Até o momento, 45 pessoas foram presas, e foram apreendidos documentos e celulares.

Na primeira fase da operação, foi realizada investigação, após informações recebidas de comércio de armas de fogo e tráfico de entorpecentes no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. Foram realizadas diligências e foi feito o monitoramento de residências que estavam sendo utilizadas para armazenar entorpecentes, dinheiro e armas do grupo criminoso que atuava na região.

Em razão dos fatos, foi solicitada ao Poder Judiciário a expedição de mandados de busca e apreensão, que foram deferidos e cumpridos em julho de 2023. Nessa ocasião, foram apreendidas armas de fogo, munições, carregadores, celulares, notebook, balança de precisão, cadernos de anotações, R$ 37.812,00 em cédulas fracionadas, além de cocaína, crack e maconha.

A investigação prosseguiu, para identificar e responsabilizar criminalmente os demais membros do grupo, e foi confirmado que dois investigados controlavam o comércio ilegal de drogas no interior de algumas galerias de determinados presídios do Rio Grande do Sul, como a Cadeia Pública de Porto Alegre, a Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas e a Penitenciária Estadual de Jacuí.

Além disso, foi constatado que a movimentação bancária da organização criminosa era milionária e contava com uma rede de pessoas voltadas para a posterior lavagem do capital obtido pelo comércio de entorpecentes no interior do sistema penitenciário. Somando-se a isso, o fato de os entorpecentes serem traficados em um ambiente de acesso dificultado permitiu que os investigados cobrassem alto valor pelas drogas, o que gerou uma movimentação milionária de capital ilícito. Também foi verificada a clara intenção dos investigados de introjetar o capital ilícito na economia, convertendo-o em bens de luxo, empresas e imóveis.