Defesa Civil pede não uso drones para imagens de alagamentos pois atrapalham resgates

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A Defesa Civil do Rio Grande do Sul pediu neste sábado (4) que a população dos municípios afetados pelas fortes chuvas que atingem o estado não utilize drones particulares para a captação de imagens nas regiões alagadas.

O órgão diz que o uso do equipamento traz riscos ao trabalho. A tenente Sabrina Ribas, da Defesa Civil, afirma que os drones atrapalham a operação das aeronaves que têm socorrido as pessoas afetadas pelos eventos climáticos. “Isso está prejudicando a questão da segurança de voo das aeronaves que estão prestando socorro”, disse Ribas.

De acordo com a Defesa Civil, “muitos drones têm sido erguidos” para essa finalidade. Até o momento, o órgão estadual não registrou incidentes, mas reforça o pedido para os moradores dos municípios evitarem o uso do dispositivo.

Ao menos 57 pessoas morreram desde o início das chuvas. O número de óbitos confirmado na tarde deste sábado pela Defesa Civil já superou os registros da enchente em setembro de 2023.

O estado tem 67 pessoas desaparecidas e 74 feridas. Ainda não foram divulgadas as cidades em que os óbitos ocorreram. Segundo a Defesa Civil, dez mortes estão em investigação para determinar se foram de fato causadas pela tragédia.

De acordo com o órgão, 300 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pela enchente histórica. Há 9.581 desabrigados e 32.640 desalojados até o momento.