Os efeitos da crise econômica continuam causando desemprego e falências nos empreendimentos. Este reflexo continua a ser retratado no estudo mensal realizado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). A carta de junho do mercado formal de trabalho levantado pela universidade aponta para 203 postos de emprego fechados na cidade em junho. Já o acumulado dos últimos 12 meses ficou no doloso negativo de 1.387.
No entanto, apesar de o Rio Grande do Sul figurar no índice negativo, o Brasil como um todo apresentou melhores índices: 9.821 vínculos de trabalho positivos, com destaque para o setor de agropecuária.
Sem emprego fixo, resta a criatividade. Entre as apostas para criar renda, desponta o empreendedorismo. Tanto com empresas de porte, quanto pequenos negócios individuais, foram criadas 860 novas empresas neste primeiro semestre, em Bento Gonçalves, 150 a mais que no mesmo período de 2016.
Somando-se a estas novas empresas, 432 novas microempresas nasceram neste primeiro semestre em Bento, sendo 97 a mais do que no mesmo período de 2016. Com certeza, o índice de desemprego só não é maior, por causa da vocação empreendedora, que contribuiu de janeiro a abril deste ano, com R$ 31 milhões em impostos municipais.
Por outro lado a Gazeta foi descobrir com as agências de emprego da cidade qual é o perfil de quem está fora do mercado de trabalho: jovens na grande maioria que buscam a primeira oportunidade de emprego, que ainda não concluíram o Ensino Médio. Este, segundo os RHs, é um claro sinal de que a formação é primordial para uma colocação no mercado formal.
Mas um segmento novo é a da faixa etária entre 40 e 50 anos, que ficou muitos anos no mesmo emprego, demitidos por causa da crise, que engrossa os números dos que estão em busca de recolocação no mercado de trabalho.
Os números da crise
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