Rodovias federais operam sem transtornos no país nesta segunda-feira (01)
Pressionados pelos preços do diesel, caminhoneiros prometem entrar em greve em todo o país. Embora as entidades que estão à frente da paralisação dos caminhoneiros, marcada para iniciar nesta segunda-feira (01), garantam que a mobilização está mantida, a adesão por parte dos trabalhadores gera incerteza.
No caso do Rio Grande do Sul, o juiz federal Ricardo Humberto Silva Borne determinou a “imediata desocupação das rodovias federais ou outros bens da União” que interligam a refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas. O magistrado estabeleceu multa de R$ 10 mil por pessoa que participe da manifestação e de R$ 100 mil por entidade caso haja bloqueio das vias.
Os pedidos de liminares foram feitos pela Advocacia Geral da União (AGU) e se somam a outras já conquistadas pelo governo federal em Goiás e no Porto de Santos. O Tribunal de Justiça de São Paulo também deferiu liminar proibindo o estacionamento no acostamento da rodovia Presidente Dutra e o seu bloqueio pela categoria.
O Ministério da Infraestrutura divulgou boletim atualizado, às 7h, no qual informa que não há registro de nenhuma ocorrência de bloqueio parcial ou total em rodovias federais ou pontos logísticos estratégicos nesta segunda-feira (1º). O relatório tem como base informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo o comunicado, a PRF identifica dois únicos pontos de concentração: no Rio de Janeiro, na BR-116 (Dutra), na altura da Rodoviária de Barra Mansa; e em Goiás, às margens da BR-153, próximo a Goiânia. Até as 8h, não foram registrados atos de caminhoneiros em estradas do Rio Grande do Sul.
Na região Sul do país, a adesão à paralisação deve ser baixa, segundo a o presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fecam-RS/SC), André Costa. “A maioria dos sindicatos filiados à Fecam decidiu não participar desse movimento por não reconhecer nem as lideranças nem a pauta”, afirma.
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) lideram o movimento pela paralisação, reivindicando um controle dos preços praticados pela Petrobras e o cumprimento de valores mínimos de frete.