Certamente, muitos dirão que são os morangos. Além de ser saboroso, é uma das frutas mais coloridas do verão. Além disso, ele contém um composto poderoso que pode fazer uma diferença notável na sua saúde. Esse elemento químico ao qual me refiro parece estar reduzindo a perda de memória em pessoas com a doença de Alzheimer, além de aumentar a proteção contra muitas doenças.
E, certamente, você nunca ouviu falar desse flavonoide. Trata-se de um pigmento vegetal que dá cor a muitas frutas e vegetais.
Eu me refiro à fisetina, que tem sido intensamente pesquisada pelo Salk Institute nos Estados Unidos, em função da sua valiosa capacidade antioxidante. Ela tem demonstrado manter níveis de glutationa – o antioxidante mais potente do seu corpo que protege o cérebro e as células nervosas.
Isso tem motivado os cientistas a recomendarem sua suplementação para preservação da memória e prevenção de câncer.
No estudo, pesquisadores trabalharam com camundongos, que foram modificados geneticamente para envelhecer prematuramente e desenvolver a doença de Alzheimer.
Metade dos ratos receberam fisetina com seus alimentos. A outra metade serviu como um grupo de controle. Depois de sete meses, a diferença foi impressionante…
O grupo de controle foi pior nos testes cognitivos e apresentou maior estresse e inflamação cerebral do que os que receberam fisetina.
Já o grupo de ratos que receberam fisetina teve a função cerebral de um camundongo jovem saudável.
Ou seja, a fisetina interrompeu a perda de memória em ratos propensos a Alzheimer.
Nesses últimos anos já foram publicado mais de 400 artigos sobre o assunto e a ciência agora mostra que a fisetina pode:
Limitar o acúmulo de proteínas como beta-amilóide e tau fosforilado encontrados na doença de Alzheimer.
Retardar a progressão da doença de Huntington, outra condição cerebral fatal, caracterizada por sintomas psiquiátricos, cognitivos e motores.
Reduzir inflamação nas células cerebrais chamadas microglia, que estão ligadas a doenças neurodegenerativas.
Proteger as células nervosas do estresse oxidativo.
Diminuir danos cerebrais por acidentes vasculares cerebrais.
Proteger o cérebro contra alumínio, um metal neurotóxico.
Reduzir danos cerebrais por convulsões epilépticas e lesões cerebrais.
Reduzir os níveis elevados de amônia no sangue (hiperamonemia) que podem danificar as funções vitais do cérebro.
Proteger contra toxicidade de glutamato monossódico, presente em muitos alimentos industrializados.
Aumentar os níveis cerebrais de serotonina, que eleva o humor e a energia.
Aumentar a noradrenalina, um hormônio que melhora a atenção, a percepção e a memória.
Aliviar depressão e ansiedade, influenciadas pelo 5-hidroxitriptofano (5-HTP), um precursor de aminoácidos da serotonina. Isso também influencia o sono e perda de peso, pois modula adipócitos e ativa a adiponectina
Aumentar SIRTI, uma enzima que pode desligar certos genes de envelhecimento.
Suprimir o crescimento de tumor e prevenir cânceres do cólon, pâncreas, próstata e pele.
Melhorar o fluxo sanguíneo e diminuir a pressão arterial.
Tratar o diabetes, por sua ação nas respostas inflamatórias causadas pelo alto nível de açúcar no sangue.
Proteger os ossos por aumentar a ação osteoblástica.
O problema dos pesticidas
O grande problema dos morangos é que trata-se da fruta mais carregada de pesticidas, portanto procure produtos orgânicos, que é a forma de você ficar livre de toxinas e fungicidas.
As pesquisas mostram que os produtos orgânicos chegam a ter até 180 vezes menos pesticidas do que os produtos convencionais.
Fonte Dr. Rondó