Verão: veja as doenças mais comuns para cães e gatos na estação

2015-04-10_190211

Problemas de pele, choques térmicos e doenças como a leptospirose
costumam ocorrer com mais frequência nesta época do ano

Dias de sol certamente rendem boas memórias ao lado dos bichinhos de estimação. Mas as altas temperaturas do verão exigem cuidados e atenções especiais por parte das mães e pais de pets.
Além de garantir uma boa hidratação, é necessário que os donos tenham em mente que é nessa época que cães e gatos se tornam mais suscetíveis a problemas de pele e até a outros tipos de doenças mais graves.
Um dos erros mais comuns é que donos — sobretudo de cães — levem o animal para passear em calçadas e asfaltos quentes, em dias e horários com sol intenso.
Isso acaba queimando as patinhas do animal no chão ao longo do passeio. Costumamos passear com eles no parque e no asfalto e, enquanto nós usamos tênis, o cachorro tem apenas a patinha com os coxins. E o asfalto queima mesmo. Há muita incidência de cães com os coxins queimados e com bolhas nos pés. É muito comum e bem desconfortável para o cão, ele sente bastante dor e vai precisar de um longo tempo de repouso
Por isso, quando for passear com o pet durante o verão, o recomendado é evitar lugares com muito sol, sobretudo em horários mais quentes, e optar sempre por andar em um local com gramado ou sombreado.
Os dias quentes também aumento o risco de hipertermia, ou choque de calor (heat stroke, em inglês).
Os cães não transpiram como nós, humanos, que suamos pelo corpo. Eles perdem calor pela boca, então se você faz um passeio com um cachorro, sobretudo se for um cão de focinho mais curto como um bulldogs e Shih Tzus, eles têm uma dificuldade maior para respirar.
Quando ele é submetido a uma situação de calor extremo, ele não perde calor pela língua e entra em choque térmico. Isso é grave e pode matar. Por isso, os passeios com os cães no verão precisam ser nos horários mais frescos, e o ideal é que o dono leve água e um borrifador, para refrescá-lo.
Outras doenças comuns durante o verão são problemas de pele, sobretudo pulgas e carrapatos e uma infecção bacteriana chamada piodermite, condição que é causada pela umidade e pelo calor.
Geralmente, a tosa ajuda a arejar o pelo e o uso de shampoos bactericidas também é uma opção, já que a piodermite é causada por bactérias.
Eventualmente, pode ser necessário combater a doença com antibióticos, mas isso dependerá de avaliação médica. A tosa, segundo o veterinário, deve ser feita uma vez por mês (desde que a raça do seu pet possa ser tosada, é claro). No caso dos gatos, é necessário ficar atento para não cortar pêlos da cauda e nem os bigodes, que são usados como sensor pelos felinos.
Ainda com relação à exposição ao sol, cães e gatos de pêlos claros podem se queimar mais, e uma exposição contínua pode levar ao surgimento de câncer de pele . Por isso, existem protetores solares específicos para os pets, que podem ser aplicados na ponta da orelha e em áreas sem pêlo, que costumam ser mais sensíveis.
Outra doença que acomete cães com mais força no verão é a leptospirose, devido às fortes chuvas e enxurradas da estação. A doença, causada pela urina de ratos, pode atingir os pets quando eles bebem água em poças na rua ou no quintal da casa. Por isso, é importante estar com a vacinação do animal em dia. Lembre-se também de sempre deixar água limpa à disposição do animal.
Além disso, a maior frequência de banhos pode causar otites — inflamações no ouvido, que devem ser examinadas por um profissional.
Um último alerta é que o calor pode provocar mudanças nos hábitos alimentares dos animais.
Cães e gatos podem comer até 30% menos no verão, e isso é comum. Ou, em outros casos, eles tendem a comer só à noite, porque é mais fresco. Mas isso não é indicativo de nenhum problema. Por fim, também redobre a atenção com a comida do pet: caso ela fique muito tempo ao ar livre em um local exposto ao sol, ela pode estragar, e gerar mal-estar no seu bichinho de estimação.