Setor moveleiro apresentou índices negativos em abril

2015-04-10_190211
Com relação a produtividade, a indústria moveleira teve queda de 3,1%

O setor moveleiro comemorava uma leve melhora em março, após resultados irregulares nos dois primeiros meses do ano. Porém, os resultados divulgados no início da semana foram negativos para em abril. O relatório do IEMI (Inteligência de Mercado) informou que no Brasil, a produção de móveis em volumes somou 30,5 milhões de peças, uma queda de 11,8% ante março (34,9 milhões). No Rio Grande do Sul, a queda foi um pouco menor, de 11,1%. De 6,5 milhões de peças produzidas em março, o número caiu para 5,7 milhões no mês seguinte. A produção na indústria de transformação reduziu em 7,1% no mês e (-) 1,8% no ano.
O consumo de móveis no país teve recuo de 11,6%, chegando a 30,2 milhões de peças. No Rio Grande do Sul, novamente a queda foi menor que a nível nacional, sendo de 10,4% (de 6,2 milhões para 5,5 milhões de março para abril).
A participação de móveis no Brasil também recuou. Os importados caíram de 2,2% para 2% e os exportados de 3,4% para 3,1%. No Estado, os importados representaram 0,7% do consumo interno, enquanto a exportação, 4,4%.
Com relação a produtividade do setor de móveis, a indústria moveleira teve queda de 3,1% e a indústria de transformação de 2,7%.
Índices positivos
Apesar de tantos dados negativos, o setor de vendas do comércio varejista de móveis apresentou alguns índices positivos no período. Entre eles, o volume de peças que teve alta de 3,7%, mas queda de 12,2% nos valores das receitas. No Estado, a alta foi de 10,5% em volume e queda de (-)9,1% nos valores.
A geração de empregos se manteve estável na indústria de transformação, porém apresentou uma queda de 0,2% em relação ao setor de móveis. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED), 123 vagas de trabalho foram fechadas no país, totalizando 230.681 postos atualmente. A nível estadual, 28 vagas foram fechadas, totalizando 33.306. A média salarial teve valorização de 0,5%, mas na indústria de transformação, desvalorização de 1,2%.
Para o presidente da MOVERGS, Volnei Benini, a expectativa para o longo do ano é de melhora, independente dos números negativos. “Acreditamos na mudança através do trabalho, mesmo com a instabilidade política. As indústrias, apesar da falta de incentivo, estão fazendo a sua parte”, conclui o executivo.