Serra gaúcha detém 85% da produção de pêssegos de mesa, com 3.450ha cultivados e produção de 52 milhões de quilos

2015-04-10_190211
og:image

Na região da Serra, que detém 80% da área cultivada no Estado com pessegueiro e 85% da produção para consumo in natura, já foi concluída a colheita das variedades superprecoces, es precoces, principalmente a Kampai, seguida da variedade Chimarrita. A informação é da Emater/RS-Ascar na região de Caxias do Sul, divulgada em convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). “O início da safra aconteceu com 20 dias de atraso mas as condições climáticas de agosto e setembro, com bastante chuva e principalmente frio, e um mês de outubro com pouca insolação, retardaram o desenvolvimento e a maturação das frutas”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Enio Ângelo Todeschini.

A colheita do pêssego na região se estende até o final de janeiro, com as variedades tardias, principalmente a Barbosa e a Eragil. A maioria das variedades de pêssego de mesa cultivadas na Serra Gaúcha é de polpa branca, apenas duas são de polpa amarela, sendo destinadas apenas ao consumo in natura. Conforme Todeschini, a fruta produzida na região abastece o RS e abrange todo o

país.
Na safra 2019/2020, a produção estimada é de 52 milhões de quilos, nos 3.450 ha cultivados na Serra. “Com relação à qualidade, tivemos um mês de outubro e início de novembro com pouca insolação e, em dezembro e janeiro, melhorando muito a sanidade das plantas, a cor das frutas e o sabor. Então, os produtores estão colhendo maior qualidade dos pêssegos ”, ressalta Todeschini.
O engenheiro agrônomo lembra que durante a colheita há diversas práticas culturais recomendadas, sendo a principal estar alerta com a mosca-das-frutas, que é a principal praga das frutas de caroço. Dessa forma, há três anos é desenvolvido o Sistema de Alerta da Mosca-das-Frutas, por meio do qual os extensionistas da Emater/RS-Ascar visitam semanalmente os pomares para monitoramento das armadilhas e coleta de dados, que são repassados à Embrapa Uva e Vinho, que divulga um boletim informativo toda quarta-feira. “A poda verde é outra prática muito importante para a ventilação da planta e para a intensificação da coloração da fruta, aumentando o sabor. Também tem a adubação de frutificação, para o enchimento da fruta das variedades tardias, que recém foram raleadas, e o cuidado nos tratamentos preventivos das principais doenças, especialmente a podridão parda, com o uso somente de produtos com registro e observando a carência”, orienta Todeschini. Já o preço pago ao produtor, conforme o agrônomo, até o momento está bem remunerador, devido à pouca oferta e ao atraso na colheita do volume maior, que é da variedade Chimarrita, satisfazendo os produtores da região.

Para o engenheiro agrônomo Thompson Didoné a safra que está quase findando está com excelente qualidade. “pode-se perder um pouco no peso, pois o fruto ficou com pouco calibre em virtude da estiagem, mas o nível de açúcares e sanidade está acima da média, temos um fruto menor, mais firme, mais doce e com baixíssima incidência de podridão parda, que acontece em safras de alta.