O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia é o mais novo aliado para a criação da Zona Franca do Vinho. Maia esteve em Bento Gonçalves,mais precisamente no Vale dos Vinhedos na manhã deste domingo (10), que apesar da presença de alguns prefeitos, deputados, empresários e entidades do setor vitivinícola da Serra Gaúcha, o encontro não contou com mais de 70 pessoas na plateia.
A criação da Zona Franca da Uva e do Vinho foi proposta em projeto de lei tendo em vista a isenção de impostos para na venda de vinhos no varejo A intenção do projeto é estimular o desenvolvimento da vitivinicultura local e o enoturismo na região. Só o Vale dos Vinhedos recebe mais de 400 mil turistas por ano. Com a redução dos impostos na venda direta de vinhos aos turistas e visitantes, podemos incrementar sobremaneira este fluxo, gerando novos empreendimentos, empregos e desenvolvimento econômico e social em toda região Uva e Vinho.
Conforme o Ibravin, a tributação nos vinhos corresponde a mais da metade do valor do produto e apenas 2% das vendas das vinícolas gaúchas são feitas diretamente ao consumidor. Hoje 88% dos vinhos consumidos no Brasil são importados. O Chile é dono de 48% do mercado, seguido por Portugal (15%), Argentina (13%) e Itália (9%).
A proposta inicial abrangia apenas o Vale dos Vinhedos, mas o projeto tomou corpo e mais municípios, que detêm produção vitivinícola no Estado, foram se engajando à iniciativa. Será necessário criar uma entidades reguladora para normatizar e fiscalizar a Zona Franca, reunindo todos os municípios que estejam estruturados para ingressar no projeto. As 23 cidades propostas pela Zona Franca da Uva e do Vinho são Bento Gonçalves, Garibaldi, Monte Belo do Sul, Antônio Prado, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Coronel Pilar, Cotiporã, Farroupilha, Flores da Cunha, Guaporé, Ipê, Nova Pádua, Nova Prata, Nova Roma do Sul, Pinto Bandeira, Salvador do Sul, Santa Tereza, São Marcos, São Valentim do Sul, Veranopólis e Vila Flores.
Comprometido com o vinho gaúcho, o presidente da Câmara dos deputados prometeu trabalhar para o setor vitivinícola a ganhar maior competitividade. Depois de confessar que só serve vinhos brasileiros nos eventos oficiais da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia relembrou que “o grande debate que o país deve enfrentar é o destino das despesas públicas”. “Hoje 94% das despesas primárias do governo federal são com gastos obrigatórios”, destacou Maia, revelando que sobra muito pouco pra investir no desenvolvimento do país..
Prometendo trabalhar ao lado da bancada gaúcha para desonerar o vinho brasileiro, Maia revelou que falou, no dia anterior, com a ministra da Agricultura que também se comprometeu a trabalhar ideias para fomentar o setor vitivinícola.