A raiva pode ser a solução!

2015-04-10_190211
Thuany Thomé Coaching para Mulheres de Negócios www.thuanythome.com

Os processos da raiva conduzem o ser humano para fracassos sociais, econômicos e psicológicos. É claro que a saúde também é afetada pela raiva. O que frequentemente gera mais raiva dentro de nós é o nosso sentimento de impotência frente a nossa falha em controlar uma pessoa, uma situação ou a nós mesmos.
Quando esta onda de raiva e fúria vai embora, sobram a vergonha, o mal-estar e as consequências ficam, que são objetos quebrados, relacionamentos desfeitos, acidentes e uma sensação muito grande de arrependimento.
Janice Willians, pesquisadora da Universidade da Carolina do Norte, EUA, estudou durante seis anos o comportamento de 13 mil homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos. Classificou as pessoas em níveis de alta, média e baixa disposição à raiva. As com alta tendência, que se irritam com frequência, possuem três vezes mais possibilidades de sofrer infarto que as pessoas que enfrentam as dificuldades com mais tranquilidade.
Significa dizer que o sentimento frequente de raiva é tão ruim para o coração como fumar, comer muita gordura saturada, engordar e não fazer exercício físico. Pode também causar distúrbios no aparelho digestivo, sem dizer que pode ser considerado um desequilíbrio psicológico.
O que muita gente não sabe é que dependendo da forma que a raiva for usada, ela pode ser positiva e nos ajudar a resolver problemas. A raiva pode ser o combustível para a ação, e quem consegue usá-la dessa forma só tem a ganhar. Assim fazia Airtom Sena, que muitas vezes era motivado pela raiva e rivalidade com o piloto Piquet, para dar o seu melhor nas corridas.
Para ilustrar essa teoria, podemos imaginar à imagem de um barco que perdeu o motor e está à deriva em um rio, sendo levado pela correnteza rumo ao abismo de uma cachoeira. Há três pessoas dentro. Uma é passiva, se senta no chão conformada e se deixa levar. A outra é agressiva, fica com raiva, assume o leme e se esforça para mudar a direção do barco. A terceira, fica em pé, xinga e esbraveja, mas não age. Quem tem mais chance de solucionar o problema?
O segredo, então, é não se deixar enlouquecer pelo ódio, mas aproveitar o impulso para fazer algo efetivo por você. Pode ser um plano de ação para melhorar aquele ponto que despertou sua ira. Na prática, uma mulher que ficou furiosa porque foi chamada de gordinha durante uma discussão, pode se motivar a perder o excesso de peso e voltar a se sentir bonita e saudável.
Porém, às vezes a melhor atitude a tomar pode ser apenas conversar com quem pisou no seu calo e usar a raiva como motivador para resolver uma situação específica. Também é preciso ter cuidado, pois, quando não manifestamos reação ao que nos machuca ou ofende, pode fazer com que o outro não saiba o mal que causou.
A raiva é uma emoção natural e aceitável durante um curto período de tempo. Permitir tempo para sentir a sua raiva é saudável. O truque é sentir, e em seguida, tomar uma respiração profunda e resolver a situação.
Alguma vez você já olhou para trás em uma situação cheia de raiva e riu? Pois está é a ideia, deixe aquele momento como algo que já passou, se divertir depois que passa pode ser uma ótima maneira para seguir adiante. Outras vezes você vai se recuperar com o tempo e vai ter a vida de volta nos trilhos aos poucos, mas é importante deixar para traz o que passou e ir em frente.
Pratique o perdão sempre que puder. Você vai se sentir melhor e mais leve por ter a coragem para permitir a fraqueza humana. As crianças são grandes mestres do perdão, observe como é fácil perdoar uns aos outros e seguir em frente.
Perdoe do fundo do seu coração e não só da boca para fora, isto fará você se sentir livre. Na hora da raiva pense antes de falar, uma palavra é como uma flecha de um arco, depois de atirada não volta mais. Siga estes passos simples e você vai se abrir para uma forma bem equilibrada e saudável de viver.