Preço do Gás de cozinha tem quase 10% de reajuste

2015-04-10_190211
Aumento do gás pode ser de até R$ 2,00 em uma distribuidora da cidade

O valor do aumento é aplicado aos botijões de quase 13 kg

O gás de cozinha está quase 10% mais caro. Na última terça-feira, 21, foi anunciado o aumento de 9,8% no preço do gás vendido em botijões de quase 13 Kg. Na semana passada a Petrobrás anunciou o aumento do valor nas refinarias.
Se a alta for repassada integralmente ao consumidor, a companhia estima que o botijão de gás pode subir 3,1%, ou cerca de R$ 1,76 por botijão, isso se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos.
O aumento do preço nas refinarias pode ou não se refletir no preço final ao consumidor, de acordo com a Petrobras. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores.
O último reajuste no preço do gás de cozinha pela Petrobras havia sido feito em 1º de setembro de 2015. O aumento no valor anunciado não se aplica ao gás destinado a uso industrial, informou a estatal.
A empregada doméstica, Silvia Souza gasta mensalmente em torno de R$ 60,00 com gás de cozinha. “Eu acho um exagero esse aumento, porque lembro que no ano passado já havia acontecido isso. Não é justo com nós consumidores”, desabafa.
Para a comerciante, Solange de Albuquerque, o valor mensal do gás é ainda mais alto. “Eu gasto em torno de R$ 80,00 por mês no botijão de gás, e com esse aumento esse valor vai ficar ainda mais abusivo”, comenta.
De acordo com uma distribuidora da cidade, o valor atual da entrega em domicílio é de R$ 74,00, e R$ 68,00 no depósito.
Com o aumento nos próximos dias, a diferença de valor pode chegar a R$ 2,00.
O último reajuste no preço do gás de cozinha pela Petrobras havia sido feito em 1º de setembro de 2015.

Subsídio reduzido
A Petrobras, dona de praticamente 100% do abastecimento do gás de cozinha no mercado nacional, já vinha preparando o aumento do insumo há algum tempo.
A diretoria da estatal entende que é preciso reduzir o subsídio dado ao gás de cozinha, que segurou o preço do insumo nas refinarias, enquanto as distribuidoras reajustavam o preço livremente no mercado. Com isso, o consumidor final era impactado, mas a receita da Petrobras não aumentava.
Ao aumentar o custo nas refinarias, a estatal espera recuperar ao menos uma parte do preço, em razão da defasagem acumulada nos últimos anos, não apenas com a inflação, mas do próprio valor praticado pelo mercado.