Um grupo de pesquisadores da Universidade de Hyderabad (UoH), de Portugal, descobriram que a aplicação do biopesticida harpina pode aumentar a capacidade imunológica das plantas através do uso da nanotecnologia. O sistema consiste na injeção de nanopartículas de quitosana carregadas com harpina, que reduz os efeitos da infecção fúngica.
Os testes da nova tecnologia foram feitos nas plantas de tomate e resultaram na diminuição de 80% das infecções provocadas por fungos. Segundo os estudiosos, o objetivo do trabalho foi encontrar uma forma de combater as principais doenças que afetam a cultura do tomate de uma forma mais eficiente e sustentável, uma vez que os produtos químicos geralmente não são degradados facilmente no solo, exercendo um efeito prejudicial no meio ambiente.
Proteína bioativa harpina
A abordagem é semelhante à imunização de humanos, onde se usa as formas de patógenos para proteção subsequente contra o mesmo patógeno. Desta forma, os pesquisadores utilizaram a proteína bioativa harpina, que é extraída de uma bactéria fitopatogênica que tem como principal característica ser biodegradável. “A capacidade das nanopartículas de quitosana de penetrar na planta através dos poros das folhas e se espalhar nas células foi aproveitada para obter os melhores resultados”, pontuaram.