Medicamento para o coração está entre os mais vendidos no país

2015-04-10_190211
Foram 694 milhões de embalagens comercializadas em 2016

Anvisa divulga dados sobre a quantidade de produtos comercializados pela indústria farmacêutica em 2016

A venda de medicamentos usados no tratamento de doenças cardiovasculares liderou o ranking da indústria farmacêutica no Brasil, em 2016, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No total, foram 694 milhões de embalagens comercializadas, o que correspondeu a 15,3% dos produtos distribuídos pelos fabricantes. O faturamento chegou a R$ 5,7 bilhões, ou 9% do volume de vendas registrado, que totalizou R$ 63,5 bilhões no ano passado. Essa classe de produtos trata diversos problemas de saúde relacionados ao sistema circulatório, que podem ser provocados por colesterol alto, hipertensão, diabetes, estresse e ausência de hábitos saudáveis, entre outros.
O grupo de medicamentos destinados ao tratamento de doenças do sistema nervoso central ficou em segundo lugar, em termos de quantidade comercializada. Foram 649,8 milhões (14,4%) de embalagens distribuídas. Quanto ao faturamento, este foi o maior da indústria farmacêutica em 2016, chegando a R$ 9,2 bilhões, ou 14,6% do total.
Além dessas classes de produtos, a Anvisa destaca a forte participação da comercialização pela indústria de medicamentos para tratamento de doenças do aparelho digestivo e metabolismo, com 603,4 milhões (13,3%) embalagens vendidas pelos fabricantes no ano de 2016, com faturamento de R$ 8,2 bilhões (13%).
Os medicamentos para tratar os vários tipos de cânceres, embora tenham menor participação em termos de quantidade distribuída (40,9 milhões de embalagens), representam um dos maiores faturamentos da indústria farmacêutica, com R$ 8,3 bilhões em vendas, o que correspondeu a 13,2% do total. Tal dado ressalta o elevado preço médio desses produtos.

Câncer e hepatite C
A Anvisa informa também sobre os princípios ativos presentes nos medicamentos. O principal deles é o trastuzumabe, utilizado no tratamento de pacientes com câncer de mama em fase inicial e metastática. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este é o tipo de neoplasia mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. Para 2016, foi estimada a ocorrência de 57.960 novos casos da doença no Brasil.
Outro destaque foi o sofosbuvir, usado no tratamento de hepatite C crônica e que obteve aprovação para sua comercialização em 2015. Mesmo tendo sido introduzido recentemente, esse princípio ativo já é o segundo com maior faturamento da indústria farmacêutica. Em terceiro, está a imunização contra a gripe.