Inovação, união e coragem impulsionam gestão frente ao CIC-BG

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Para o presidente que comanda a entidade na gestão 2018/2019, Elton Gialdi, iniciativa privada e Poder Público precisam estar em sinergia para construir avanços na economia municipal

O ano de 2018 iniciou com otimismo, especialmente no que diz respeito à continuidade do movimento de retomada do crescimento econômico. O momento favorável precisa ser muito bem aproveitado: inovações tecnológicas, união entre os setores, sintonia entre iniciativa privada e Poder Público estão entre os ingredientes necessários para Bento Gonçalves manter seu espírito empreendedor e chegar cada vez mais longe – na opinião do presidente do CIC-BG, Elton Gialdi. Em entrevista, ele compartilha suas perspectivas frente à associação.

P: Qual o principal desafio da sua gestão frente ao CIC?
Gialdi: Tenho como um dos pontos prioritários para o trabalho dos próximos dois anos o desafio de ampliar e cativar o quadro de associados, qualificando quesitos como oferta de serviços, treinamentos e palestras. Além disso, é importante promover e apoiar todas as causas (bandeiras) importantes ao empresariado e ao município de Bento Gonçalves.

P: Destaque projetos e ações que pretende priorizar na sua gestão.
Gialdi: Nos tempos atuais, precisamos entender quais os interesses dos nossos associados, como por exemplo: quais treinamentos são relevantes para eles? Quais palestrantes e assuntos realmente os levariam a participar com entusiasmo dos eventos promovidos pela entidade? Compreender esse ponto é crucial para termos sucesso na oferta de serviços e treinamentos de qualificação às empresas associadas. Esse será o objeto de nosso estudo para, então, formatar um calendário de ações.
P: Como o CIC pode ajudar as empresas no desafio de se tornarem mais competitivas?
Gialdi: Acreditamos que o CIC-BG precisa nortear nossas empresas para o caminho da tecnologia e da modernização, colocando em pauta assuntos de inovação. É importante termos em mente o seguinte: ‘sempre tem algo que podemos fazer de uma forma melhor. E sempre há alguém fazendo melhor”. Portanto, precisamos buscar a vanguarda nos diversos setores da economia para trazermos soluções aos nossos associados.

P: Hoje, na sua opinião, quais são os principais obstáculos a serem superados em prol do desenvolvimento de Bento Gonçalves?
Gialdi: É necessário entender as mudanças que estão ocorrendo na nossa cidade, consequências naturais do processo de crescimento. Nos últimos anos, o município tem vivido mudanças, passando da condição de cidade pacata, com ares bucólicos de uma “piccola cittá italiana”, para o patamar de uma cidade mais metropolitana. Bento Gonçalves cresceu e está tomando corpo de grande centro urbano, com as dificuldades e os problemas característicos. Por isso, não podemos mais pensar em paliativos de cidade pequena. Acredito que estamos tentando preparar Bento Gonçalves para esta nova realidade, mas precisamos correr, uma vez que questões de infraestrutura, como abastecimento de água, esgoto, internet e energia são fatores importantes para um bom e ordenado crescimento. Entendo que Poder Público e iniciativa privada precisam dialogar e pensar a médio e longo prazo, traçando um plano de expansão adequado para a nossa realidade. Destaco a importância de fortalecer atividades de turismo, feira de negócios, planejamento de áreas residenciais, mas também reservar áreas para expansão industrial, que é nosso grande talento. Enfatizo que nosso município tem restrições geográficas e limitações de área, então teremos que desenvolver outros tipos de empresas, que demandem áreas menores, como as de softwares, propaganda e marketing, tecnologia e nanotecnologia. Antes de atrairmos tais empresas, precisamos atrair o conhecimento por meio de universidades com bons cursos nessas áreas.

P: Quem é seu exemplo de gestão e por quê?
Gialdi: Meu exemplo de gestão e personagem que admiro é o ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani. E, mais recentemente, o Juiz Sérgio Moro. Admiro ambos pela coragem e determinação de terem feito diferente de outros que se acomodaram diante das monumentais dificuldades. Eles decidiram seguir em frente para fazer o que era preciso.