Indústria metalmecânica tem crescimento de 8.9% nas exportações

2015-04-10_190211
Indústria é influenciada pela crise na política nacional

Apesar do número positivo, vendas tiveram queda de 16% no período analisado

A indústria metalmecânica apresentou um aumento de 8,9% nas exportações no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período de 2016, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (SIMMME), Juarez Piva. No entanto, as vendas do setor tiveram uma queda de 16% na mesma comparação. Os países que mais importam são da América do Sul, tais como Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Peru.
Canadá e Estados Unidos também figuram no ranking, embora com menor expressão. “Ainda bem que temos a exportação, caso contrário, não sabemos o que seria, até porque julho deste ano já está pior que o do ano passado”, lamenta. Entre os produtos mais exportados, está a máquina de envase.
Para Piva, a possibilidade de entrar no mercado da América do Norte representa uma possível expansão para o mercado europeu. “Na Comunidade Europeia acredito que será possível fazer acordo, já na Ásia é mais difícil, porque, diferente do Brasil, os Tigres Asiáticos desenvolveram muito de 2002 para cá. Mesmo assim, a previsão não só para o segundo semestre, assim como para o próximo ano, caso se mantenha o valor do real, é que a exportação continue crescendo”, projeta. Apesar do fato positivo, o presidente relata que a economia nacional é influenciada pela crise política, por isso está difícil passar pela situação atual. “Continua claramente um país sem rumo para sair da situação em que nos encontramos.”, opina.
Outra questão vista com bons olhos por Piva é em relação à nova reforma trabalhista, que acredita ajudar na retomada econômica. “Vai ter uma mudança de comportamento e entendimento muito maior do que a gente imagina hoje. Pessoas com experiência e que possuem qualificação vão poder contribuir em mais que um lugar. Além disso, o trabalhador vai poder trabalhar, por exemplo, de segunda a quinta-feira, em dias que mais tem demanda, e folgar na sexta-feira”, avalia.