Governo Federal anuncia 15,5 milhões de doses de vacina da Pfizer até junho

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O cronograma apresentado prevê 520 milhões de doses imunizantes contra Covid, em 2021

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou nesta quarta-feira (14) que a Pfizer vai antecipar, para o primeiro semestre, a entrega de 2 milhões de doses da vacina contra covid-19 para o Brasil. O governo brasileiro tem um contrato com a farmacêutica para a entrega 100 milhões de doses até o final do ano.

Com a antecipação, estão garantidos 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer para os meses de abril, maio e junho. A informação foi divulgada depois de reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Imunização
O cronograma de vacinas apresentado pelo ministério prevê 520 milhões de doses de vacina em 2021, a maioria produzidas pelo Instituto Butantan (CoronaVac) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Oxford/AstraZeneca). O comitê também discutiu a utilização de parques industriais de produção de vacina animal para produção do imunizante contra covid-19.

Está em tramitação na Câmara dos Deputados, projeto que prevê a criação da carteira de vacinação online. A proposta é que o Ministério da Saúde crie um aplicativo que acabe com a distorção entre os números da vacina enviadas a estados e municípios e o número de doses aplicadas nos cidadãos.

Aquisição de vacinas e leitos
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o projeto que autoriza a aquisição de vacinas pela iniciativa privada está encontrando resistência entre os senadores. De acordo com a Lei nº 14.125/21, pessoas jurídicas de direito privado, como empresas, podem comprar imunizantes para serem integralmente doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS), enquanto estiver em curso a vacinação dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

Pelo novo projeto, que já foi aprovado na Câmara, o setor privado poderá ficar com metade das vacinas compradas desde que as doses sejam aplicadas gratuitamente; a outra metade deverá ser remetida ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante a reunião, Pacheco também pediu ao presidente Bolsonaro a sanção do projeto de criação do programa Pró-Leitos, que prevê a possibilidade de empresas contratarem leitos de entidades privadas para uso do SUS no tratamento da covid-19. Em troca, essas empresas e pessoas teriam isenção no Imposto de Renda. O texto já foi aprovado pelas duas Casas parlamentares.
Outra sugestão, apresentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na reunião, é a criação de um programa de distribuição de máscaras de proteção facial para pessoas de baixa renda.