Focos do mosquito da dengue são encontrados em Bento Gonçalves

2015-04-10_190211
Vigilância Sanitária lanca alerta à população para esvaziar qualquer recipiente que possa ter acumulado água da chuva

Com o calor e umidade, há o alto risco da proliferação do mosquito, responsável pela transmissão de doenças como dengue, chikungunya, zika, e febre amarela

 

Foram encontradas larvas do mosquito Aedes Aegypti nos bairros Cidade Alta, Pomarosa e Botafogo, durante vistoria da Secretaria Municipal de Saúde. Com o calor e umidade, há o alto risco da proliferação do mosquito, responsável pela transmissão de doenças como dengue, chikungunya, zika, e febre amarela.
O tempo chuvoso favorece o acúmulo de água parada e a temperatura quente acelera a reprodução do mosquito. A preocupação pelo período crítico onde mais focos com larvas do mosquito surgem e os casos da doença costumam começar a aparecer faz com que a Vigilância Sanitária lance alerta à população para esvaziar qualquer recipiente que possa ter acumulado água da chuva. Segundo Rafael Vieira, coordenador da Vigilância e Saúde da secretaria Municipal da Saúde,” já encontramos larvas até em tampinha de refrigerante na rua. Então, todo cuidado é pouco”.

Bento Gonçalves
Segundo a Vigilância de Saúde do município, foram registrados oito casos de dengue em 2018, sendo que metade deles foram de pessoas que contraíram o vírus fora da cidade e manifestaram os sintomas por aqui. Tiveram também outras cinco suspeitas de chikungunya, porém não foram confirmadas. Não houve nenhuma vítima fatal por pessoas que contraíram o vírus.
A principal fonte de proliferação é o lixo reciclável espalhado pelo meio ambiente. Potes, garrafas, plásticos, pneus acumulam água proliferando mosquitos. Denúncias podem ser feitas através do fone 0800-979-6866.

Transmissão
A fêmea do mosquito pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite. A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre na fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. Não há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento.

Prevenção
Lavar uma vez por semana o vaso de plantas com escova, água e sabão; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios; lavar principalmente por dentro com escova e sabão os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes e baldes; guardas os pneus velhos em local coberto, evitando o acúmulo de água; manter bem tampados tonéis e barris de água; manter a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada e remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas.

Sintomas da dengue
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar a evolução para dengue hemorrágica.

Sintomas da Chikungunya
Febre alta e de início imediato, dores nas articulações; dores intensas e presentes em quase 90% dos casos; manchas na pele podem ocorrer nas primeiras 48 horas; coceira ocorre em 50% e 80% dos casos e com intensidade leve.

Sintomas da Zika virús
Febre baixa, que pode variar entre 37,8°C e 38,5°C; manchas vermelhas na pele ocorrem por todo corpo e apresentam-se ligeiramente elevadas; coceira no corpo; dor nas articulações e nos músculos; dor de cabeça; cansaço físico e mental; vermelhidão e sensibilidade nos olhos.

Sintomas da febre amarela
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta e hemorragia.

 

Denúncias podem ser feitas através do fone 0800-979-6866.
Cidade Alta, Pomarosa e Botafogo foram os bairros em que a vigilância sanitária encontrou a incidência da larva
Rafael Vieira, coordenador municipal da Vigilância e Saúde: ” já encontramos larvas até em tampinha de refrigerante na rua. Então, todo cuidado é pouco”