Ex-presidente da Câmara condenado por fraude

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A denúncia disse que Rubbo ofereceu R$ 5 mil para o dono da empresa que aplicava os concursos para aprovar os oito indicados

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, Valdecir Rubbo, foi condenado a quatro anos e três meses de reclusão em regime inicial semiaberto, por crime de falsidade ideológica e corrupção ativa e perde o cargo público que exerce hoje de assessor parlamentar. A Justiça condenou, em primeira instância, a quatro anos e três meses de reclusão em regime inicial semiaberto. Rubbo, que tem direito de recorrer da decisão da justiça em liberdade, vai deixar de atuar no gabinete do vereador Marcos Barbosa (PRB), que também responde por denúncia de corrupção passiva em outro processo.

O Ministério Público entrou com ação contra Rubbo e Maicon Cristiano de Mello da empresa IDRH, por fraude em concurso público de 2014 da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves. O MP comprovou no processo que Rubbo tentou aprovar oito pessoas, indicadas por ele, no concurso, com uma oferta de R$ 5 mil a Mello da empresa IDRH para conseguir a aprovação dos indicados. A decisão da Justiça de Bento Gonçalves também definiu que Mello preste serviços à comunidade, já que exerceu colaboração premiada. Também constavam na denúncia a esposa de Mello, Francieli Rech Fragoso, além do empresário Ernesto Hattge Filho, mas os dois foram absolvidos.

De acordo com a acusação do Ministério Público, o próprio ex-presidente chegou a ser aprovado no concurso da prefeitura, também comprovadamente fraudado, e anulado. O advogado de defesa de Rubbo já declarou que vai recorrer da decisão , pois entende que não foram apresentadas provas como imagem, vídeos ou documentos.

Entenda o caso
Com base na Operação Cobertura em 2015, que combateu fraudes em licitações de seis municípios que realizaram concursos públicos, os indícios de fraudes nos concursos da Câmara e Prefeitura de Bento Gonçalves vieram à tona.