Encontro de Iniciação Científica da Embrapa apresenta 45 trabalhos de alunos

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Alunos da Embrapa puderam expor seus trabalhos de pesquisa no 15° Encontro de Iniciação Científica e o 11° Encontro de Pós-Graduandos da Embrapa Uva e Vinho, que aconteceu nos entre 12 e 13 de julho, em Bento Gonçalves.
Os 45 trabalhos apresentados são conduzidos nas três bases físicas da Empresa, em Bento Gonçalves, Vacaria e Jales (SP), e foram avaliados por uma comissão julgadora formada por Amanda Cattani, Bruna Agustini e Letícia Flores. Os melhores trabalhos de graduação e de pós-graduação serão premiados no dia 21 de julho.
“Os alunos contribuem diretamente realizando ações da programação de pesquisa da Unidade. Ao mesmo tempo que aprendem conteúdos e métodos com nossa equipe, também, trazem conhecimentos e novidades da Universidade; é uma estrada de dupla via. Os estudantes que passam por aqui serão, adiante, profissionais e auxiliarão a formar a grande Rede Embrapa de pesquisa”, destacou o chefe-geral da instituição, Mauro Zanus, durante a abertura do evento.
Durante o encontro, Zanus anunciou que há previsão de abertura de concurso para a Embrapa em 2018, após a realização do Programa de Demissão Incentivada (PDI). O evento contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do SUL (Fapergs) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os estudantes ainda receberam um reforço na sua formação durante o evento, com o Curso “Mendeley – Gerenciador de Referências Bibliográficas”, ministrado por George Wellington Melo, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, e também com a palestra de abertura, intitulada “Como convencer o editor que meu trabalho deve ser publicado” , ministrada pelo professor Rudi Weiblen, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e editor do periódico Ciência Rural.
Weiblen orientou os participantes, com base na sua vivência de mais de 20 anos na edição do periódico. Destacou a importância de fazer um texto simples (keep it simple), e de publicar em inglês para uma maior repercussão do trabalho.
Além disso, reforçou a necessidade da leitura das orientações do periódico na qual será submetido o trabalho, questão óbvia, mas que não é cumprida. “Um trabalho de pesquisa não está completo se não for publicado em uma revista indexada e acessível e não for citado por outros pesquisadores”, explicou o editor.
Para o coordenador do Encontro,o pesquisador João Fioravanço, o evento foi um sucesso. “Acreditamos que a qualidade dos trabalhos apresentados atendeu à expectativa da maioria dos participantes, demonstrando a qualidade da orientação dos pesquisadores da unidade e a dedicação dos alunos. Esses, devidamente orientados, mostraram que podem desenvolver trabalhos bastante qualificados e contribuir de maneira decisiva para a execução das pesquisas da Embrapa Uva e Vinho, tanto em Bento Gonçalves como em Vacaria e Jales. Além disso, devemos ressaltar que, nesse encontro, houve uma participação mais efetiva dos alunos nos questionamentos após as apresentações, importantíssima para enriquecer as discussões e acrescentar conhecimentos e sugestões”, concluiu.

Universitária de Bento expõe sobre vírus em macieiras e ameixeiras

Um dos trabalhos apresentados no evento foi da estudante da unidade de Bento Gonçalves da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), Daiana Luisa Stein. Ela expôs um estudo sobre variabilidade genética do gene da proteína de movimento de isolados do “vírus da macha clorótica foliar da macieira” (ACLSV) em macieiras, ameixeiras, pessegueiras e cerejeiras.
A graduanda em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, realiza a pesquisa no Laboratório de Biologia, juntamente com o pesquisador Osmar Nickel, da Embrapa Uva e Vinho.
O objetivo da pesquisa é aperfeiçoar o diagnóstico molecular do patógeno (causador de doença) e melhorar a qualidade fitossanitária (medida sanitária para preservação ou defesa dos vegetais) das mudas de macieira e ameixeira, principalmente. “Sendo que a proteína de movimento do vírus é crucial para o sucesso da disseminação do patógeno na planta hospedeira”, explica Daiana.