A constatação da existência dos chamados neurônios espelho vem trazer uma compreensão científica em relação ao ditado popular: “diz-me com quem andas e vos direis quem és”. O simples fato de você ver outra pessoa tomar um copo d’água estimula a mesma região do seu cérebro associada a essa ação. Essa descoberta explica o porquê de quando uma pessoa boceja ao nosso lado, temos uma tendência a bocejar.
Saiba que os neurônios espelho podem ser usados para lhe ajudar a superar problemas e até mesmo, ser mais feliz. Sentimentos e emoções poderão também ser estimulados no outro, visto que a convivência com uma pessoa triste ou em estado de depressão irá estimular os neurônios espelho a repetir o mesmo estado. Você já percebeu como são as pessoas na sua volta? Da mesma forma, a convivência com pessoas felizes, entusiasmadas e empreendedoras estimulará os neurônios espelho relacionados a esses estados.
O ambiente que você convive determina o seu estilo de vida e você tende a ter comportamentos e ideias semelhantes à maioria das pessoas com as quais convive. Tem um ditado que diz que somos a média das cinco pessoas que mais convivemos Desse modo, se você convive sempre com pessoas de determinado estilo de vida, assiste aos mesmos programas na tv, certamente estará pensando, sentindo e agindo dentro de padrões previsíveis que espelham o comportamento do grupo dominante com o qual convive. É muito difícil ser diferente convivendo com pessoas que tem atitudes das quais queremos mudar, não é?
Sendo assim, o ditado popular “diz-me com quem andas que eu te direi quem és” passa a refletir uma sabedoria baseada na ciência. Muitas vezes, por influência do meio, podemos criar formas de pensar e sentir que nos levam a sermos reféns das nossas próprias crenças limitantes. A descoberta dos neurônios espelho nos convida a refletir sobre quem realmente queremos ser. E nos convida a “pensar fora da caixa”, vendo o mundo com um novo olhar.
Observar exemplos bem sucedidos pode sensibilizar o agir, uma vez que os novos comportamentos estejam “copiados” em nossa mente. Podemos utilizar os nossos neurônios espelho a nosso favor, com filmes de histórias de superação, músicas, teatro, boas companhias, entre outras formas, com o objetivo de auxiliar nosso processo interno a superar um trauma ou um momento difícil, atingir os objetivos e realizar nossos sonhos com mais facilidade.
Um bom exemplo nos deixou Galileu Galilei para a inspiração de nossos “espelhos”, ao afirmar: “Não é possível ensinar nada a ninguém, mas podemos sim, sensibilizar alguém ao aprendizado”. O exemplo sempre é a melhor forma de ensinar e aprender. Se rodeie de coisas boas, pessoas positivas e bons exemplos, que certamente a vida conspirará ao seu favor!
Diz-me com quem andas e vos direis quem és
