Diminui o número de famílias com contas em atraso

2015-04-10_190211

A Fecomércio-RS divulgou ontem (10) Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) do Rio Grande do Sul

 

Segundo levantamento 64,1% das famílias entrevistadas ainda estão endividadas, mas o número é menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior. 16,3% menos famílias estão com contas em atraso em novembro, menor para a parcela desde janeiro de 2015 (15,6%).
O cartão de crédito ainda é o maior vilão das dores de cabeça dos inadimplentes: são 89,2% dos endividados, seguido dos carnês (17,8%), crédito pessoal (12,2%) e financiamento de carro (5,1%).
O estudo avalia os percentuais de famílias endividadas, de famílias com dívidas em atraso e de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas pendentes. O resultado deste mês mantém o percentual de famílias gaúchas com dívidas em nível confortável, como foi constatado durante todo o ano. O percentual de endividados com contas em atraso e daqueles sem perspectivas de quitar suas contas nos próximos 30 dias apresentaram significativa redução com relação ao mesmo período de 2017.
Em relação ao resto dos estados, no entanto, o Rio Grande do Sul apresenta o maior total de famílias endividados do que a média. No indicador Dívidas em Atraso, o percentual apresentou redução em relação ao ano passado (de 37,2% em 2017 para 16,3% em 2018).
Este é o menor valor para a parcela desde janeiro de 2015 (15,6%). Em comparação a outubro deste ano foi verificada melhora (18,9%). Na média em 12 meses o indicador passou de 32,1% em outubro de 2018 para 30,4% em novembro de 2018. O desempenho do mercado de trabalho tem contribuído positivamente para a manutenção do percentual num nível baixo. Em análises anteriores, ainda que a ocupação venha crescendo via postos de trabalhos informais, que confere certa instabilidade na remuneração, este resultado sugere que a ocupação das pessoas, de todo modo, é um fator positivo para diminuir a inadimplência.
Sobre o Endividamento das Famílias, o percentual foi menor do que o apurado no mesmo período do ano passado (de 64,1% em 2017 para 60,8% em 2018). O percentual dos entrevistados que se considera muito endividado é de 7,0%, significativamente menor do que o verificado em novembro de 2017 (20,0%).
A média em 12 meses do percentual de famílias endividadas teve redução, com a parcela indo de 67,8% em outubro para 67,4% em novembro, ambos neste ano. A parcela da renda comprometida com dívidas, na média em 12 meses, foi de 29,5%, e se reduziu frente ao mês anterior (30,1%). No quesito Perspectiva de Pagamento das Dívidas em Atraso, o percentual de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas em atraso dentro de 30 dias, que sinaliza o grau de persistência da situação de inadimplência, foi de 4,7% no mês de novembro de 2018, reduzindo-se em relação ao mesmo período do ano passado (10,3%). Na média de 12 meses, o resultado do indicador passou de 7,2% em outubro de 2018 para 6,8% em novembro de 2018.