A conta vai para o eleitor

2015-04-10_190211

Mesmo divulgado pelo Governo do Estado, o fechamento do acordo para a construção do novo presídio pegou alguns envolvidos de surpresa.
A direção do DAER não foi comunicada, não tem plano B estabelecido para mudança, enfim ficou sabendo pela imprensa. Já a empresa que o governo diz que aceitou os moldes da negociação, confirmou laconicamente, mas não quis se pronunciar sobre prazos e valores.
O que importa é que (espera-se) em pouco tempo haja novas vagas para trancafiar meliantes, já que a atual casa prisional foi interditada parcialmente pelas péssimas condições e lotação muito acima da capacidade.
A Gazeta reporta hoje, um levantamento de homicídios ocorridos na cidade, somente no decorrer deste ano. Já somam-se 24 homicídios, contra 27 em todo 2016. Mas o mês de setembro, bateu o recorde: até o fechamento desta edição, sete assassinatos, contando com a morte de um homem no bairro Municipal, que aconteceu às 20 horas – final de fechamento desta edição. A média dos oito primeiros meses de 2017 foi de dois homicídios por mês.
Nesta edição também abordamos o drama das famílias invasoras do bairro Vila Nova III. O despejo das nove famílias da área prefeitura no bairro Vila Nova III não produziu maiores tensões, mas a decisão do juiz em reintegrar a posse da área particular invadida por mais de 100 famílias no mesmo bairro, prevista para a próxima terça-feira, certamente causará abalo social. Depois de mais de 60 dias invadidos, os casebres foram se transformando em casas, e não há para onde voltar. Antes de chegar com os caminhões para as mudanças, a Secretaria de Habitação vai ter que garantir onde, pelo menos, 100 crianças vão dormir.
O problema social, no final das contas vai cair nos braços do eleitor.